O Centro Paroquial e Social de Lanheses apresentou Elisa, uma assistente virtual desenvolvida para apoiar as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). A partir de 7 de abril, a ferramenta estará disponível online, através do site oficial do Centro, agilizando os processos internos, apoiando a conformidade legal e aumentando a qualidade dos serviços prestados aos utentes.
Criada com a colaboração da Visual Thinking, com o apoio da Diocese de Viana do Castelo e da Microsoft Portugal através do seu programa de Filantropia, a Elisa integra um sistema de processamento de linguagem natural baseado em inteligência artificial, para oferecer respostas ágeis e precisas às necessidades legais e orientativas, abrangentes, específicas e atualizadas, oferecendo suporte às diversas respostas sociais (Estruturas Residenciais para Idosos, Centros de Dia, Serviços de Apoio Domiciliário, Creches, Jardins de Infância, entre muitas outras respostas típicas e atípicas).
De acordo com a instituição, o projeto “inovador” visa “transformar o modo como estas organizações operam, proporcionando-lhes uma ferramenta eficiente e acessível, visando melhorar e agilizar a gestão e, com isso, incrementar a qualidade do serviço prestado aos seus utentes”.
A assistente virtual vai disponibilizar informações atualizadas sobre legislação, normativos, circulares da Segurança Social, fiscalidade, contabilidade específica do sector social, bem como modelos de documentos e minutas adaptáveis.
Para Vasco Araújo, diretor executivo do Centro Paroquial e Social de Lanheses, a Elisa é “um sonho ambicioso” que exigiu esforço. “Será uma mais-valia para o Centro Paroquial e Social de Lanheses e para muitas outras organizações do terceiro sector, ajudando-as a otimizar os seus processos e a impactar o tempo disponível para um serviço quotidiano ainda mais próximo dos utentes”, afirmou, explicando que o nome Elisa foi “pensado” e significa “Deus é abundância”.
O presidente da IPSS, Pe. Daniel Rodrigues, sublinhou a importância de “abraçar” o projeto, acreditando que a Inteligência Artificial (IA) vai “melhorar e capacitar” os recursos humanos, “jamais substituí-los”.
Já Manuel Dias, diretor nacional de tecnologia da Microsoft Portugal, destacou “o poder da tecnologia para impulsionar mudanças positivas na sociedade”. “A Elisa é um exemplo concreto de como a IA pode ser aplicada de forma ética e responsável para apoiar organizações do terceiro sector, tornando o seu trabalho mais eficiente e permitindo-lhes focar-se no que realmente importa: as pessoas”, sublinhou, revelando o desejo de alargar o projeto ao país.
A Elisa é um construto (em psicologia, conceito que resulta da síntese de ideias mais simples) e, com base nesse pressuposto, continuará a desenvolver-se ao longo do tempo, beneficiando das sinergias com a Microsoft Portugal e com a Visual Thinking, para que o sector social e solidário possa beneficiar efetivamente, e de forma abrangente, dos mais recentes avanços tecnológicos. “O desenvolvimento da Elisa representa o nosso compromisso em potenciar o uso da IA para tornar o dia-a-dia das organizações mais eficiente, permitindo que foquem o seu tempo e os seus recursos naquilo que realmente importa: cuidar e apoiar quem mais precisa”, acrescentou Estela Bastos, CEO (diretora executiva) e co-fundadora da Visual Thinking.
O investimento é “significativo”. No entanto, os parceiros garantem que o impacte será “positivo”, rentabilizando e promovendo o trabalho em rede. “A ajuda é, sobretudo, agilizar processos, oferecendo mais tempo aos técnicos para estar com os utentes”, vincou Vasco Araújo.
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