Peregrinação à Senhora do Minho em tempo de pandemia

Cumpriram-se, o ano passado, 64 peregrinações anuais à Senhora do Minho, sem qualquer interrupção.

Notícias de Viana
18 Jun. 2020 3 mins
Peregrinação à Senhora do Minho em tempo de pandemia

Quinze
saíram da Igreja Paroquial de São Lourenço da Montaria, a partir de 31.05.1955.
Eram, aí, preparadas, ano após ano, com uma novena de pregações, confissões e Eucaristia.
No último dia da novena, pelas 8 horas da manhã, o povo que, aí, se agregava caminhava,
serra acima, a pé, sob a égide da Cruz e da Bandeira de Nossa Senhora do Minho.
Ao longo do percurso, outras pessoas das paróquias circunvizinhas, trepando as
ladeiras da Serra, por estradões e trilhos, convergiam para o cortejo
processional, que se ia tornado mais denso e mais forte nas orações e nos
cânticos. No ponto mais alto da Serra, no topo da Chã Grande, esperava-os,
dentro de um “Oratório” (Gruta), a única e primitiva Imagem de Nossa Senhora do
Minho. Única e pesada, porque de pedra, da autoria do escultor António Duarte.
Aí havia a celebração da Eucaristia, com pregação e comunhão. No fim,
exposição, adoração e bênção d’O Santíssimo Sacramento. Depois, os farnéis, o
convívio moderado das pessoas e o regresso a casa. Não havia foguetes, nem se
aceitavam barracas de feira, nem bailarico. Em 14.05. 1962, estabeleceu-se o
1.º domingo de Julho.

Catorze
peregrinações, em cortejo automóvel, saíram da Vila de Ponte de Lima, agora, já,
acompanhando a Imagem peregrina, esculpida na Casa Fânzeres, Braga, a exibir um
fato regional de “Senhora”, pintado com requinte. Antes da peregrinação e de
subir à Serra, a Senhora visitava algumas paróquias aderentes, desse
arciprestado. A primeira peregrinação a sair de Ponte de Lima (1971), já adida
à data do 1.º domingo de Julho, iniciou-se na Igreja de Santo António da Torre
Velha. Seguiu em cortejo automóvel, bem cedo, para a Serra e estreou o novo
Oratório (salão), ainda por terminar. Esperava-se também a presença do Senhor
Arcebispo Primaz, D. Francisco Maria da Silva, que presidiu às cerimónias
religiosas e coroou a nova Imagem de Nossa Senhora do Minho, com uma coroa de
prata dourada. As restantes 13 peregrinações saíram da Igreja Matriz, depois
ter visitado algumas paróquias desse arciprestado, sempre com muita solenidade.
Durante o ano, por causa da agreste invernia na Serra, a Imagem da Senhora teve,
aqui, a sua hospitalidade. A Imagem grande e pesada que permanece no Templo,
vinda da referida Casa Fânzeres, foi adquirida, em 1974, mercê das ofertas de
um grupo de Senhoras. Foi coroada, com uma coroa de prata dourada, na
peregrinação do ano 2018, pelo Senhor Bispo da Diocese, D. Anacleto de
Oliveira.

As
outras 35 peregrinações resultaram da rotatividade anual da Imagem peregrina
pelos dez arciprestados, ordenamento do Senhor D. Armindo, Bispo de Viana do
Castelo, aquando da bênção da 1-ª pedra do novo Templo. Da última Igreja de
cada arciprestado, sairá a Peregrinação Anual Diocesana, no 1.º domingo de
Julho.

Este
ano, fruto da pandemia COVID-19 – também Ela ‘confinada’ no seu Templo, não
pôde visitar o Arciprestado de Vila Nova de Cerveira. Ficará para o ano.

No
entanto, no próximo dia 05 de Julho, iremos nós (povo de toda a Diocese),
munidos de todos os artefactos e cautelas, visitar a Senhora do Minho. O Senhor
D. Anacleto estará presente e presidirá à Concelebração da Eucaristia.

Tags Diocese

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