Na sua intervenção, D. João Lavrador congratulou a iniciativa, que reflete sobre a importância do património. “É a Santa Casa da Misericórdia que toma iniciativa, mas é a sociedade, nas diferentes áreas, que nos ajuda a caminhar, renovar e progredir”, referiu, enaltecendo a “riqueza” do património. “Reconheçamos o valor do património”, apelou, defendendo que “o património está sempre virado para o futuro”.
O prelado agradeceu ainda o apoio das entidades que ajudam na valorização do património. “Também nós somos edificadores do futuro porque somos herdeiros de algo”, frisou, assegurando que Jesus Cristo ajudará “as novas gerações” a sentir-se “confortáveis” e “felizes” com aquilo que lhes é dado. “Oferecer algo que é do passado e usufruído no presente, vale a pena”, concluiu.
“Temos feito um esforço significativo através de reabilitação e valorização”
Já Luís Nobre, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, elogiou o trabalho desenvolvido, a capacidade e a “audácia” da Santa Casa da Misericórdia “em projetar o património cultural” da cidade “à escala global”, ao longo de “mais de 500 anos”. “Chegaram até aqui, porque tiveram a capacidade de não ignorar aquilo que era a vossa missão”, frisou, mostrando-se “orgulhoso” da “riqueza” do património vianense. “O nosso papel é criar condições para que o nosso património seja identificado, para que possamos conhecê-lo, valorizá-lo e cuidá-lo”, afirmou, assegurando: “Temos feito um esforço significativo através de reabilitação e valorização, para beneficiar igrejas e capelas do concelho.”
Na 11ª edição do “Dia do Património das Misericórdias” foram abordados temas como o valor e missão do património da Santa Casa anfitriã, refletindo sobre o valor do património como garante da identidade e como fator de desenvolvimento e coesão territorial. Foram ainda apresentados exemplos de boas práticas desenvolvidas pelas Misericórdias.
A comemoração da 11ª edição do Dia do Património das Misericórdias integra um ciclo de conferências que a UMP está a organizar, para debater temas estruturais para a atividade e identidade das Santas Casas, no âmbito do lançamento das publicações ‘Envelhecer’, ‘MA(i)SAD’, ‘Memória Covid-19’, ‘Obras de Misericórdia’, ‘Misericórdias no Feminino’ e ‘Misericórdias: Património com Identidade’ – um projeto financiado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).
O Dia do Património, organizado pelo Gabinete do Património Cultural da UMP, pretende motivar as Misericórdias a conhecer, preservar e promover as suas potencialidades patrimoniais.
Fotografia: União Das Misericórdias Portuguesas