A fortaleza de Valença, que integra a Rota dos Caminhos de Santiago, é um local privilegiado para aqueles que lá vivem e para os que a visitam, principalmente para os espanhóis que dão “um grande contributo” ao comércio de dimensão transfronteiriça.
Considerada como uma das maiores áreas comerciais ao ar livre de Portugal, a zona interior das muralhas de Valença está recheada de pequenas lojas de comércio tradicional. Uma delas está a cargo de uma senhora “há dez anos” e, embora tenha vivido anos “bons”, nos últimos tempos, “o negócio tem estado muito fraco”. “O nosso grande público são os espanhóis e, sem eles, não temos clientela”, afirmou, lamentando: “Neste momento, eles também não têm poder de compra.”A atividade comercial também tem uma grande importância a nível económico e, consequentemente, tem um importante peso no emprego dos residentes do concelho, ao contrário do que acontece noutras zonas do país, onde “há falta de mão-de-obra”. “A fortaleza sempre teve grande movimento”, começou por referir um comerciante que tem um estabelecimento “há seis meses”, admitindo que “já foi melhor”. “Vivemos do turismo, sim, e é óbvio que a maior percentagem de clientela é de espanhóis, mas porque estamos perto de Espanha. Só isso”, defendeu, enaltecendo os clientes residentes e de “sempre”.
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