Comité Organizador Local da JMJ 2023 reuniu com a Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo foi a primeira Diocese do país a receber D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para a área logística, e o Pe. Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e responsável do Comité Organizador Local (COL), para o encontro com Comité Organizador Diocesano (COD), formado para colaborar na preparação da JMJ, que decorrerá em 2023, em Lisboa.

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19 Dez. 2020 5 mins
Comité Organizador Local da JMJ 2023 reuniu com a Diocese de Viana do Castelo

O encontro, que contou com a presença do administrador diocesano Monsenhor Sebastião Ferreira e do Pe. Domingos Meira, responsável pela Pastoral Juvenil da Diocese de Viana do Castelo, iniciou-se com a apresentação do COD de Viana do Castelo que assenta numa equipa de coordenação, apoiada por seis equipas de trabalho: secretariado, comunicação, conteúdos, logística, dia JMJ e dias na Diocese. 

Na sua intervenção, D. Américo Aguiar destacou que esta foi a primeira diocese em que estão presentes para arrancar a JMJ nesta relação COL/COD. Os COD’s, que estão a ser criados em todas as dioceses, “serão interlocutores de primeira escala numa ajuda mútua” de preparação da JMJ com dois trabalhos, um mais focado para dentro da diocese no sentido de revitalizar a pastoral juvenil e outra vertente “para fora” com destaque para o acolhimento dos símbolos da JMJ (cruz e ícone) na diocese e o acolhimento de jovens estrangeiros nos dias nas dioceses antes da JMJ. 

O coordenador-geral da JMJ apelou ainda à co-responsabilidade de todas as Dioceses nesta organização, num trabalho “com todos e para todos” para provar que “são capazes de fazer em conjunto”. Já o Pe. Filipe Diniz deu ênfase à colaboração que será necessária nas várias áreas que constituem o COL, nomeadamente, na preparação da pré-jornada com os jovens que vêm mais cedo para conhecer o país e que se pretende que vivam uma semana missionária. O responsável do COL sublinhou ainda que “é importante que os jovens de Viana do Castelo façam a experiência da pré-jornada” para depois viver na plenitude a JMJ.

“Estamos a falar de um evento que se equipara à organização dos Jogos Olímpicos”

No final, D. Américo Aguiar salientou que a JMJ é “uma oportunidade de revitalizar tudo aquilo que se pode encontrar na Pastoral Juvenil”, apontando que mais importante do que a semana do evento é a sua preparação. “Vamos ser convidados a revitalizar os nossos grupos de jovens e de catequese. A chamar jovens que, porventura, não estão empenhados na pastoral ordinária, paróquias e comunidades. E, por isso, este convite e confiança que o Papa delega em Portugal, de um modo especial, a Diocese de Lisboa, é também uma grande responsabilidade. Estamos a falar de um evento que se equipara à organização dos Jogos Olímpicos. No final, vamos ter também  o retorno do que significa termos novos embaixadores da marca Portugal”, disse, considerando: “Os jovens, com toda a certeza, vão ter uma experiência positiva da vivência que vão ter em todo o território nacional e depois, poderão voltar com vários amigos para virem testemunhar o quanto foi bom terem tido essa experiência com os portugueses na JMJ.” 

O coordenador-geral da JMJ referiu ainda que a JMJ exige um trabalho “em conjunto”.  “Este encontro em Viana do Castelo é o pontapé de saída que damos. E o que significa? Este convite é uma sinodalidade a um caminho de mãos dadas a um conjunto de todas as Dioceses. Isto só é possível se as 20 dioceses remarem para o mesmo lado. A JMJ será um sucesso em razão de termos sido capazes de trabalhar a nível nacional. Não é costume, nem é fácil e, por isso, vamos ter estes anos todos para aprender a trabalhar neste nível, que é tão urgente também”, considerou, deixando uma mensagem aos jovens: “Neste tempo de pandemia, estamos solidários com todos os jovens. Aliás, este ano, a organização da JMJ esteve muito parada no que é mais visível porque pedimos que todos os jovens estivessem mais atentos à realidade local das suas vidas, de maneira a poderem corresponder a pedidos de ajuda e  de solidariedade das famílias e comunidades onde estão inseridos”, disse, acrescentando: “Esta é uma oportunidade única das suas vidas. Ou seja, envolver-se e participar na JMJ em Portugal, se calhar, nas próximas décadas não será possível a repetição em Portugal. E, por isso, isto é um desafio único nas nossas vidas e nas dos jovens. Para aqueles que já estão cá, que fazem parte das paróquias, grupos de jovens e de catequese, dizer que precisamos de todos e que o sucesso da JMJ depende do envolvimento de todos. Disto tudo, também significa que os que estão na fronteira, de fora, longe e que não conhecem Jesus, esta é uma oportunidade de lhes apresentarmos. O Papa diz sempre que a JMJ serve, em primeiro lugar, proporcionar aos jovens o encontro com Cristo Vivo e, por isso, temos muito que trabalhar para que este convite chegue a todos os locais e aos corações dos jovens, independentemente, de serem ou não cristãos católicos praticantes. Não é que os queiramos converter a todos, mas não queremos deixar de proporcionar a qualquer jovem esta oportunidade única das suas vidas, de se juntar com centenas de milhares de jovens de todo o mundo neste encontro com o Papa e com Cristo Vivo.”

Questionado sobre o que gostaria de ouvir depois da participação de um jovem na JMJ 2023, D. Américo não hesitou: “Primeiro, que valeu a pena”. “Já que estamos nesta semana mais próxima do Natal, gostava que eles fizessem como os Reis Magos. A história diz-nos que eles procuraram e encontraram Jesus. Depois, regressaram a casa por um caminho diferente. Ou seja, que também estes jovens procurem e que, através daquilo que lhes proporcionamos, O encontrem. No final, que possam retomar as suas vidas por caminhos diferentes. Isto significa que valeu a pena a organização e a participação deles”, concluiu.

Tags Religião

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