A Câmara Municipal de Caminha aprovou a prestação de contas relativas a 2024, com os votos favoráveis da maioria socialista e os votos contra da oposição. Apesar do saldo positivo de 1,96 milhões de euros, a coligação “O Concelho em Primeiro” (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM) acusou o Executivo, liderado por Rui Lages (PS), de falta de estratégia e de negligenciar o investimento público.
Na apresentação do documento, Rui Lages destacou a redução do passivo em 3,7 milhões de euros e a diminuição da dívida a fornecedores em 1,3 milhões de euros, resultando numa diminuição da dívida global em cerca de 1,96 milhões de euros.
No entanto, a vereadora da oposição Liliana Silva manifestou-se “convictamente contra”, acusando o autarca de “falta de estratégia” e de ter “guardado o dinheiro para apresentar resultados positivos em vez de fazer obra”.
A representante da coligação, que no Executivo tem três eleitos, criticou a “diminuição no nível dos investimentos” e a ausência de “obra concreta no concelho”. “Este presidente de Câmara foi o que mais dinheiro recebeu depois do 25 de Abril de 1974 e que baixou o nível das despesas de capital, o que é mau sinal. É sinal de que estamos a fazer uma gestão corrente e não estamos a fazer investimentos”, afirmou.
Liliana Silva disse, ainda, “não confiar” nas contas, nos relatórios de execução e nos valores apresentados no documento.
A vereadora da oposição assinalou, igualmente, que “não há discurso de estratégia no documento”, que “a Câmara de Caminha tem perdido candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” e que, “das 46 casas que estava previsto candidatar ao PRR, apenas candidatou duas”.
Já Rui Lages referiu que a execução da receita foi, em 2024, de 98,18% e que a execução da despesa foi de 93,24%.
O presidente da Câmara lembrou, ainda, que 2024 foi o “sexto ano consecutivo” em que foi positivo o resultado das contas de Caminha.
O orçamento da Câmara Municipal de Caminha para 2024 foi de 23,9 milhões de euros, tendo contado depois com um saldo da gerência de 2023 de cerca de 700 mil euros.
Para 2025, a Câmara de Caminha aprovou um orçamento de 25,8 milhões de euros.
c/ Lusa
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