A guerra na religião!

Quando parece que nada pode piorar, eis que… os dramas da guerra voltam a estar quase em permanência nos nossos ecrãs, havendo perspetivas de agravamentos diários do conflito em curso na Terra Santa. Do Vaticano, são enviados vários apelos do Papa à libertação de reféns, pedindo corredores humanitários em Gaza. “Basta!”, disse Francisco, deixando um convite à oração e ao jejum pela paz.

Notícias de Viana
19 Out. 2023 3 mins
A guerra na religião!

Independentemente do contexto, é importante abordar os conflitos na igreja de maneira construtiva, procurando a reconciliação, o diálogo e o entendimento mútuo, em vez de permitir que os conflitos se agravem e causem divisões mais profundas nas comunidades religiosas. A resolução pacífica de conflitos é essencial para manter a harmonia e a missão da igreja.

Todas as religiões dizem ser de paz mas será que os seguidores assim o praticam?

É verdade que muitas religiões proclamam a paz como um valor fundamental e uma parte central das suas doutrinas. No entanto, a prática varia amplamente entre indivíduos e comunidades religiosas. Alguns seguidores de religiões realmente vivem de acordo com os princípios de paz, amor, tolerância e compreensão preconizados pelas suas crenças, envolvendo-se em obras de caridade, promoção da justiça social e procurando a harmonia com outros. No entanto, a História também regista exemplos em que a religião foi usada para justificar conflitos, intolerância e violência. Conflitos religiosos, guerras religiosas e atos de terrorismo em nome da religião são lamentáveis exemplos disso. É importante observar que a maioria dos conflitos religiosos não é devida à religião em si mas a interpretações extremistas, politização ou outras motivações subjacentes. O papel da religião na promoção da paz ou na fomentação de conflitos depende em grande parte da interpretação e aplicação das crenças religiosas pelos seus próprios seguidores, bem como de fatores sociais, culturais e políticos. 

Se pensam que vou dar o exemplo de Israel e Palestina, estão muito enganados. Nas nossas paróquias também há “guerras”; não com armas mas com ações e palavras. Desentendimentos pessoais, rivalidades, diferenças de opinião sobre questões da igreja (ou até mesmo questões não relacionadas à religião), disputas na liderança de grupos, divergência em questões relacionadas com as finanças, orçamento, despesas, contribuições e gastos da igreja e até mesmo diferentes estilos de adoração e práticas litúrgicas podem causar conflitos. Reflitamos! Se num pequeno grupo pode haver estas e outras tantas divergências, como é que não haverá conflitos mundiais quando outros valores se levantam?

A busca pela Paz no Mundo é um objetivo nobre e fundamental para a humanidade, seja na paróquia da nossa freguesia seja na comunicação inter ou extra religioso! A paz é essencial para garantir o bem-estar, a segurança e a prosperidade de todas as pessoas em todo o mundo e não se limita apenas à ausência de guerra mas também engloba a justiça social, os direitos humanos, a igualdade, a resolução pacífica de conflitos e o respeito pela diversidade. Quando a paz é alcançada, as sociedades têm a oportunidade de se concentrar no desenvolvimento, na educação, na saúde, na sustentabilidade e noutras áreas que beneficiam a humanidade como um todo.

«Já estamos mais ou menos indiferentes à Ucrânia, ao Sudão, à República Centro-Africana e a tantos outros conflitos, que como diz o Papa Francisco são uma terceira guerra mundial aos pedaços». Não fechemos os olhos a tudo isto! Rezemos pela paz, recordando quem foge da guerra na Ucrânia ou na Terra Santa, onde crianças, homens, mulheres, idosos fogem da guerra, da morte, da violência, sem esquecer o “cemitério” no Mediterrâneo.

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