Viana do Castelo terá novo ponto de apoio naval

Apesar de reconhecer que a decisão cabe à Marinha e à APDL, o presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre (PS), sublinhou que o Município “tem uma posição simbólica” no processo. “É uma decisão estratégica, que concorre para o reconhecimento que a Marinha tem por Viana do Castelo”, afirmou, destacando a construção, nos estaleiros da WestSea, de seis navios-patrulha oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa.

Para o autarca, “a presença contínua da Marinha vem potenciar uma posição estratégica de Viana do Castelo no sector da construção naval, e poderá criar condições para o aparecimento de atividades conexas, e para diversificar e qualificar mão-de-obra”.

O protocolo prevê a constituição de um grupo de trabalho que, segundo Luís Nobre, “já está a trabalhar há nove meses” e que integra “até dois representantes de cada uma das partes”, sendo que a coordenação cabe a “um dos representantes da Marinha”.

O grupo de trabalho tem de apresentar relatórios trimestrais sobre os avanços do projeto, sendo que o relatório final deverá ser entregue no prazo de 12 meses.

O protocolo exige às três partes o dever de “confidencialidade sobre toda a informação e documentação, técnica e não técnica, comercial ou outra, oficial ou não, independentemente do suporte em que se encontre”.

A ser formalizado com aprovação em reunião camarária, o processo de instalação da base naval na cidade teve início há cerca de nove meses com o anterior Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante Gouveia e Melo, e teve continuidade com o Almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa, atual CEMA.

c/ Lusa

Fotografia: Câmara Municipal de Viana do Castelo