S. Bento é o padroeiro de Arcos de Valdevez. A devoção ao santo está disseminada por todo o Arciprestado, de tal modo que são inúmeras as imagens existentes deste Patrono da Europa e as capelas a ele dedicadas.
Cada ano, a 11 de julho, dia litúrgico em sua memória, um grande número de devotos se desloca a quatro locais específicos, que são centros de peregrinação: o Mosteiro de Ermelo, a Capela de S. Bento do Cando (Paróquia da Gavieira), Igreja de São Bento da Vila (Paróquia de Divino Salvador de Arcos de Valdevez – este templo encontra-se no cemitério municipal) e a Capela de S. Bento da Mourisca (Paróquia da Portela). A grande parte dos peregrinos é oriunda de Arcos de Valdevez (a maior parte), de Ponte da Barca, de Ponte de Lima, de Melgaço e de Monção, conforme a proximidade geográfica. Uns deslocam-se de automóvel, outros a pé e muitos organizam-se em autocarros.
Por ocasião da Visita Pastoral à Paróquia de Ermelo, o Sr. D. Anacleto foi convidado a presidir à missa solene e à procissão do “São Bentinho de Ermelo”. O prelado aceitou e esteve presente. Em Ermelo, o dia começou muito cedo: pelas 6h00 foi celebrada a primeira Eucaristia, sempre muito participada pela multidão que peregrina àquele local durante a madrugada. Seguem-se outras Eucaristias e a celebração do Sacramento da Reconciliação, bastante participado. A Eucaristia solene, presidida pelo Pastor Diocesano, foi concelebrada pelo Pároco, Pe. Belmiro Amorim, e por mais dois sacerdotes (Pe. António Sousa e Pe. Bruno Barbosa) e participada por grande número de peregrinos. Na homilia, D. Anacleto confessou a sua admiração e simpatia por S. Bento, sobretudo pela imagem de S. Bento de Ermelo. Dizendo que “é um S. Bento de se lhe tirar o chapéu”, numa alusão à tradição de cada peregrino chegar diante da imagem, tirar-lhe o chapéu e se benzer com ele. Um rito cheio de simplicidade, piedade e fé. Na verdade, salientou o Prelado, tirar o chapéu diante de alguém é reconhecer a nossa humildade e pequenez. Assim fez S. Bento: procurou uma vida simples, pobre e austera, porque reconhecia em Deus a Sua grandeza. Pediu, ainda, que cada um procure estabelecer uma sintonia entre as duas palavras que dão título à regra beneditina: ora et labora. Ou seja, a nossa vida não pode ser só trabalho e mais trabalho, nem oração e mais oração. Criar uma harmonia entre o trabalho e a oração.
No final da Eucaristia, decorreu a Procissão. No final, D. Anacleto tirou o chapéu ao “São Bentinho” e benzeu-se com ele, repetindo o gesto dos milhares de peregrinos que passaram por aquele local.
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