ULSAM é o único hospital com cuidados a grávidas assegurados até ao fim do ano

O verão é um período “problemático” para o SNS, em especial, para os especialistas em ginecologia e obstetrícia que preveem “meses difíceis”, ainda mais “do que o ano passado”. “O verão vai ser caótico, ainda mais do que o ano passado. As pessoas estão cansadas, já têm 200 e 300 horas a mais por ano, querem é mais pessoas a trabalhar para elas”, referiu à CNN Sara Proença, médica especialista em ginecologia e obstetrícia e dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

A médica criticou ainda a falta de planeamento para os próximos meses, já eles difíceis por causa das férias dos médicos, mas também pela recusa às horas extraordinárias para lá das estipuladas por lei, algo que diz que, em breve, será notório. “As medidas que nos foram transmitidas visam apenas para feridas pontuais, não há medidas para fixar médicos no SNS, para fazer escalas, e isso é o problema que não é apenas do verão. Estas medidas não trazem nada de bom, apresentam apenas migalhas para fazer mais horas extras”, vincou.

Até à data, as urgências de ginecologia e obstetrícia fechadas são as do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, Hospital de Vila Franca de Xira, Hospital das Caldas da Rainha e Hospital de Santo André, em Leiria.

No distrito de Viana do Castelo, o serviço está “assegurado” 24h por 24h. “Não há falhas. As grávidas podem ficar tranquilas porque garantimos o serviço de maternidade, neonatologia, obstetrícia, consultas e ecografias”, assegurou uma fonte da ULSAM, frisando que “as escalas estão todas asseguradas com equipas completas até dia 31 de dezembro de 2024”. “As escalas estão publicadas desde maio”, acrescentou.