A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) do Alto Minho confirmou que há dezenas de médicos da Unidade Local Saúde Alto Minho (ULSAM) que não têm os seus salários atualizados.
Segundo um dos responsáveis sindicais da FNAM do Alto Minho, em causa está a ausência de atualização do escalão de vencimento no que diz respeito a alguns internos de especialidade, situação que se mantém de janeiro até à presente data, e ainda a falta de reconhecimento, através da remuneração, da progressão da carreira dos médicos cujo contrato foi feito entre 2003 e 2012.
“As informações que nos chegaram é que alguns internos, nomeadamente de Medicina Geral e Familiar, que têm o seu processo já regularizado, com a documentação necessária para terem o aumento que está previsto a partir do 4º ano, ainda não viram a sua situação regularizada apesar de a solicitarem ao hospital”, indicou referindo, ainda, que não sabe o que está a causar o atraso.
“Esperamos que esta situação seja regularizada o mais depressa possível, com os respetivos retroativos”, salientou.
A FNAM do Alto Minho alertou, ainda, para outra situação preocupante que não acontece só em Viana do Castelo. “Na ULSAM, existem algumas dezenas de médicos cujo contrato foi feito entre 2003 e 2012 e, desde há 20 anos, não têm atualização do vencimento conforme o grau da sua carreira”, revelou, acrescentando que se tratam de médicos entre os 45 e 50 anos sendo que, “alguns deles”, são já, inclusivamente, diretores de serviço.
“Desde há 20 anos, estes profissionais não vêem reconhecida na sua remuneração a progressão que têm tido na sua carreira. É uma situação grave e potencialmente explosiva”, alertou, defendendo a resolução “o mais rapidamente possível”.
Contactada por e-mail, o Conselho de Administração da ULSAM disse ter tomado conhecimento, na quinta-feira, da situação exposta, “situação que desde já lamenta”. “Após o apuramento dos factos, verifica-se que existem 12 internos a quem não foi ainda atualizado o escalão remuneratório devido, pela conclusão do 3º ano de formação do internato médico com aproveitamento”, referiu, explicando que a falha “deve-se à dificuldade de articulação dos serviços internos da ULSAM”. “O Conselho de Administração encontra-se a envidar todos os esforços para que a situação fique sanada no mais curto espaço de tempo, ou seja, ainda durante o mês de julho”, acrescenta.
(Notícia atualizada a 28/06/2024)
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