Transparência e liberdade

Pe. José Lima
23 Out. 2024 3 mins
Padre José Lima
  1. No nosso tempo, e ainda bem, podemos ler com calma a diversidade do pensar de portugueses e portuguesas. Temas que todos compreendem são assunto de diversas abordagens, umas bem fundamentadas, outras menos conseguidas, mas bem-vindas. Portugal é um país com pensadores de todos os estilos e que livremente refletem sobre temas que lhe são mais caros.

Interessante é ter tempo para perceber a plêiade de autores que, de uma forma simples, dizem o que pensam, sem procurarem impor a sua visão. A floresta de pensamento reflete os ambientes e a cultura que são os nossos, sem pretender que os outros pensem da mesma forma. Excetuam-se alguns textos, que pretendem que a vida dos outros seja exposta, se não devolve aquilo que certos pensadores ditam.

Estamos assim na rota sensata de pensamento inovador que abre clareiras novas numa atmosfera por vezes muito monocórdica. Esperamos que no presente nos cultivemos para aprender pela vida fora.

  1. Estamos já no primeiro dos três anos pastorais que precedem o cinquentenário da criação da nossa diocese, Viana do Castelo (em novembro de 1977) e, movidos para o melhor de todas as partes, queremos viver com responsabilidade festiva esta data que coloca a quem quer em atmosfera de bem fazer, bem recordar e bem inovar. Este primeiro ano de preparação para o Jubileu da diocese coincide com o Jubileu universal da Igreja (2025) incentivando os crentes a uma renovação diária da sua forma de encarar a vida e de a viver em comunidade.

Tudo exige que, unidos, trabalhemos para estar melhor e para dar a todos a possibilidade de viver melhor. A primeira realidade que nos norteia é a unidade dos seres nas comunidades que constituem, em ordem ao grande todo unido universalmente. A unidade leva-nos a trabalhar todos para que todos sejamos felizes e vivamos no dinamismo do Senhor que nos une. Os crentes Nele acreditam.

Importa valorizar o empenho de todos. Todos nos empenhamos numa ação concertada e sinodal para que nada falte nos empreendimentos que cada um quer ativar. Não queremos apenas fazer valer a nossa quota-parte, mas que ela concorra para o conjunto, sem desmandos, sem inquietações, sem murmúrios doentios, sem arrepios de estagnação. Queremos colaborar para o bem comum, de forma serena, com arte, com alegria e de forma despretensiosa. Todos contribuímos para um mundo mais viável para todos. Nunca nos furtamos a trabalhos que nos sejam imputados e fazemo-lo bem, sem alergias e com sinceridade.

  1. O Clero da diocese reuniu-se com o nosso Bispo para sentir o pulsar da diocese e para fazer dos projetos destes anos uma fonte de renovação atenta e duma atividade comunitária e pessoal.

Ninguém se exclui destes projetos, mas constrói o que está a seu alcance: na comunhão, de modo sinodal, escutando o que o Espírito vai murmurando para todos. Importa escutar sempre, sem pressas, o que o Espírito Santo vai dizendo à Igreja de Viana do Castelo. Assim fazemos parte integrante da Igreja Universal que cresce e amadurece, sem lamentações nem mal-entendidos. Sejamos limpos e sinceros, lendo a realidade, anunciando sempre o Evangelho, na alegria de ser comunidade e “na verdade que liberta”, numa atividade à maneira dos Apóstolos.

A cada um a sua parte na abertura de novas clareiras.

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