As casas, as ruas, as localidades enchem-se de luz, de música. Sim, o Natal é época de esperança, de luz em tempos de escuridão. Cristo menino, nascido numa terra que ainda hoje não sabe o que é a paz, trouxe esperança e um sentido para a nossa vida. Embora pareça existir uma necessidade de transformar o “natal” numa época cada vez mais rendida ao consumismo e hedonismo, o Natal é um tempo especial.
Gosto do frio, da lareira que o tenta superar, do bacalhau cozido, que nesse dia tem um sabor especial, e, acima de tudo, de ver na mesma mesa a família reunida. Lembro-me de ir com os meus pais comprar o bacalhau à mercearia, das pequenas lascas do bacalhau que provávamos, do seu sabor salgado. Talvez seja por isso que no Natal gosto dessa iguaria mais para o salgado, sendo, inevitavelmente, um dos “gostos” do “meu” Natal. Os anos vão passando. Para muitos instala-se a saudade, a tristeza, pelo vazio de alguém que partiu. Uns vão deixando os seus lugares e outros vão ocupando-os. A vida não para! Mas essa é a felicidade da vida, vermos que o ciclo não cessa, que um bocado de nós vai continuando, nos nossos filhos, nos nossos sobrinhos, nos filhos dos nossos primos, dos nossos amigos… A nossa “marca”, a nossa cultura, os nossos valores, vão subsistindo mesmo neste mundo que nos parece cada vez menos familiar. A semente vai passando e, como em todos os tempos da história, vai geminar e dar o seu fruto.
Neste tempo de família, de união celebremos Aquele que trouxe esperança, não só de um mundo onde nos olhemos com o coração, mas, também, de um outro mundo que vai além do que os nossos olhos veem.
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