Ao assistir a um vídeo de uma banda filarmónica onde o maestro troca de lugar com um músico, considerei importante relevar o trabalho destas associações não só no aspeto cultural e artístico, mas também no reconhecimento que lhes deve ser dado na difusão e partilha de valores e princípios essenciais para o desenvolvimento social e humano.
Aquele momento onde ninguém fala, onde apenas se ouve a música, e o sino de uma igreja que fez questão de acompanhar de improviso, assistimos a um maestro que senta no lugar do músico e o músico assume a direção da banda … é simplesmente sublime!
Ali reconhece-se espírito de equipa, amizade, humildade, vibra-se com o sucesso do colega da cadeira ao lado. O egoísmo e o protagonismo não são permitidos, reina o espírito de grupo. A todos os músicos facilmente se reconhece qualidades como a responsabilidade, o compromisso, o respeito. Não se permanece no mundo da música sem perseverança e insistência.
É magnífico assistir a um concerto de uma banda e perceber que uma simples batuta consegue comunicar tanto, com tantas pessoas em simultâneo num mundo onde cada vez se fala mais e ouve-se menos.
É importante que os agentes do poder local tenham presente o impacto destas associações enquanto formadoras de miúdos e graúdos.
Sei que algumas vezes são vistas só como mais um meio de “animar” a festa, mas são muito mais do que isto!
A nossa vida é uma melodia, com “pausas” e “contratempos”… que Deus nos ajude a nunca perder o “ritmo”.
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