Sobre “A Economia que pouco se fala!”

A economia social tem um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade. Tem, como objetivo principal, colmatar as desigualdades sociais através da atuação no desenvolvimento de atividades que incrementam a melhoria da qualidade de vida do seu público alvo, sempre em detrimento do lucro.

A economia social identifica-se através dos princípios e valores das organizações e, facilmente, se percebe que está presente, por exemplo, nas misericórdias, nas cooperativas, nos centros sociais, nas associações.

Centra-se no indivíduo, promovendo uma sociedade mais equitativa, solidária e sustentável.

Na economia social, identificam-se necessidades e juntam-se vontades para as combater mobilizando assim vários setores da comunidade.

É notório o desenvolvimento que estas instituições criam em seu torno através da criação de emprego e desenvolvimento das áreas envolventes aumentando a atividade de negócios já existentes e, em alguns casos, surgindo novos.

As pessoas envolvem-se pela causa em si, dão o melhor de si. No entanto, considero importante que se reflita sobre a temática, no sentido de se criarem sinergias entre os diferentes agentes da sociedade, tendo também em consideração a importância da gestão destas organizações por forma serem sustentáveis no longo prazo.

Para reflexão e a título de exemplo, saliento o trabalho das Ligas dos Amigos dos Hospitais. Surgem para humanizar através do desenvolvimento de atividades que vão acrescentar conforto. Os cuidados estão assegurados, mas, por exemplo, a visita da equipa de voluntários tem um papel fundamental ainda que seja somente pela companhia, pela mão amiga que ajuda na hora da refeição, pelo simbólico presente de natal quando se queria estar no conforto do lar e na companhia da família, pelo abraço que chega sem aviso.

A economia social está sempre de mãos dadas com a solidariedade, com o amor ao próximo, criando assim uma reciprocidade e compromisso, conciliando interesses individuais e coletivos!