Semana da Diocese de Viana do Castelo encerra com ordenação presbiteral do Pe. Paulo Alves

Ao findar a Semana da Diocese que, este ano, coincidiu com o encerramento da Semana dos Seminários, a Diocese de Viana do Castelo alegrou-se com a ordenação presbiteral de mais um sacerdote: Pe. Paulo Alves. A cerimónia foi presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, e decorreu na igreja paroquial de S. Tomé da Correlhã, terra natal do novo sacerdote.

Notícias de Viana
12 Nov. 2020 3 mins
Semana da Diocese de Viana do Castelo encerra com ordenação presbiteral do Pe. Paulo Alves

Na homilia, D. Jorge Ortiga começou por “reavivar a certeza” de que D. Anacleto Oliveira estava com a Diocese naquele momento. “D. Anacleto viveu com Jesus, em Jesus e para Jesus. Hoje encontra-se com o Pai, intercedendo pela Diocese que amou e serviu”, afirmou, recordando depois, os seus tempos iniciais de ministério. “O Concílio Vaticano II teve lugar durante o meu curso de teologia. Sonhei com uma Igreja-comunhão, construída como Povo de Deus, em que os sacerdotes viviam para servir não isoladamente, mas em experiência comunitária. As distâncias não deviam impedir a comunhão. Daí que, ao lado de muitos sacerdotes, cresci em verdadeira fraternidade sacerdotal construída através de um amor recíproco que tudo colocava em comum. As vidas entrecruzavam-se em gestos de visível doação e entrega mútua. Nada era estranho. Tudo se partilhava e vivia em comum. Era uma verdadeira experiência de Igreja sinodal”, explicitou, convidado os presbíteros a renovar a fraternidade sacerdotal. “A íntima fraternidade sacerdotal, querida pelo Concílio, é a premissa das premissas de uma pastoral para os dias de hoje (…). Num mundo fortemente dividido, apesar da globalização, só este testemunho dos sacerdotes mostrará a credibilidade da Igreja”, acrescentou. 

O Arcebispo de Braga garantiu ainda partilhar da “orfandade” e rezar para que Deus “conceda um Bispo para presidir à caridade diocesana, sem interromper os programas e projetos” da Diocese de Viana do Castelo. “O importante, agora e sempre, é a fraternidade sacerdotal. Ela é ontológica e institucional, mas não existe por si. Nasce com a ordenação sacerdotal, mas tem de ser construída persistentemente com gestos e não meros discursos teóricos”, frisou D. Jorge Ortiga, deixando um convite ao ordenado: “Caríssimo Paulo Alves, procura que a tua vida percorra os caminhos da responsabilidade pessoal, mas sempre em comunhão fraterna”. 

No final, o Administrador Diocesano, Mons. Sebastião Pires Ferreira, deixou uma palavra de gratidão, em particular, à comunidade de S. Tomé da Correlhã, de onde o Pe. Paulo Alves é natural, à comunidade de S. Martinho de Outeiro e de S. Miguel de Perre, onde fez estágio pastoral, e à comunidade de Nossa Senhora de Fátima, onde está já a viver o seu ministério. Mons. Sebastião fez ainda uma invocação especial a D. Anacleto Oliveira que, muito embora falecido em setembro, “iniciou e quase concluiu o processo de ordenação”. “Foi D. Anacleto que ordenou o Pe. Paulo como diácono, que o crismou e o acompanhou em todo o seu percurso no Seminário”, concluiu. 

A cerimónia, que cumpriu com as exigências sanitárias vigentes, contou com a presença de familiares e amigos, de vários membros do presbitério e das diversas comunidades que acompanharam o percurso do Pe. Paulo Alves.

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