Recatez criadora em nova era

Pe. José Lima
12 Jun. 2025 4 mins
Padre José Lima

I – Na esteira do anterior Papa, Leão XIV tem, neste primeiro mês do seu pontificado, demonstrado que está intimamente ligado ao que o Papa Francisco desejava para a Igreja; Leão XIV conhece bem as dinâmicas que se vinham implementando e que deseja ver prosseguidas no seu trabalho à frente da nossa Igreja. Aparece vindo de um país que muito necessita de novas realizações e que enfrenta crises que mais tarde se verá onde levam a orgânica dos povos: os USA não podem decretar sem olhar para os outros  e necessitam de muita ponderação naquilo que pretendem fazer no mundo.  A paz exige sabedoria e respeito pelos demais. Exige diálogo e muita boa-vontade.

Robert Francis Prevost, nascido em Chicago em 14 de setembro 1955, o nosso Papa, Leão XIV tem nacionalidade americana e fomenta desde o início do seu pontificado novas pontes de que necessitamos em toda a extensão da Igreja, como comunidade missionária, ele que desde 1977 pertence à ordem dos Agostinianos (OSA), o que muito nos incita à sabedoria ativa: saber para fazer, como era eloquentemente vivido por santo Agostinho.

O novo Papa tem Francisco no nome de nascimento e enfrenta uma era nova à maneira do pretérito papa Leão XIII (Papa de 1878-1903) que enfrentou e dinamizou os tempos da Revolução Industrial que atualmente está por todo o mundo. Leão XIV quer abrir todos na Igreja à revolução digital que parece ter chegado a todos os povos, sobretudo a Revolução da Inteligência Artificial (IA); IA muito trabalho traz para todos, querendo o Papa apoiar com a sua experiência o panorama mundial que deve desde agora tratar dos benefícios  e corrigir possíveis desvarios. Importa pouco agudizar os prejuízos de tal realidade, importa sim encará-la e saber viver com ela, extraindo dela os benefícios que podem aportar aos que dela se servem e com ela vivem. Uma das suas primeiras ideias no pontificado é a de com ela lidar em atenção ao que traz e ao que supõe da nossa parte. Leão XIV revela continuidade e sapiência para levar a Igreja mais longe.

II – A linguagem é atualizada em todos os tempos. A Igreja pretende que todos contribuam para a sua unidade em Cristo; todos somos indispensáveis, cada um no seu território e executando o que é do seu múnus, para que sejamos uma Igreja viva e sempre atuante no espírito do Senhor Jesus. A comunhão é diversa e exige a atividade de todos para se dizer nos espaços em que habitamos; podemos falar em responsabilidade, em comunhão, em participação, em sinodalidade: o que importa é contribuir para a sincera unidade, individualmente e agindo em grupo, sendo mentores dos nossos desejos comuns, numa responsabilidade pessoal que sabe lidar com as novidades. Não é suficiente que vejamos passar o cortejo, mas que nele sejamos atores interventivos, de uma forma livre e honesta: construamos pontes de Paz.

Bispo de Roma agora, com a sua experiência de Bispo de Chiclayo  (Peru) ao longo dos últimos dez anos  (26 de novembro de 2015) é necessário que a nossa comunhão com ele seja visível naquilo que vamos realizando na estreita comunhão com o nosso bispo diocesano e com os grupos pastorais que atuam na nossa diocese de Viana do Castelo. Referir o nome do Papa na Eucaristia, sempre que a celebramos, revela que com ele vivemos em comunhão e que nos interessa a cada momento uma sintonia com as tarefas da nossa comunidade diocesana, unidos ao Bispo diocesano que nos governa: fomentamos a unidade e a paz.

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