Quinta da Bouça d’Arques, onde a natureza rejuvenesce a alma

Vinhas e floresta. É este o cenário, com sete hectares, que envolve uma propriedade familiar com mais de três séculos de história, em Vila de Punhe, Viana do Castelo. Na Quinta da Bouça d’Arques valoriza-se os sons da natureza: o assobio dos pássaros, as folhas ao vento, e a água que corre da fonte.

Notícias de Viana
12 Jul. 2023 4 mins
Quinta da Bouça d’Arques, onde a natureza rejuvenesce a alma

Os jardins florescem graças a um sistema de compostagem ou piscina salgada que, segundo João Couto, proprietário, dispensa produtos químicos. E as árvores centenárias e a vegetação voluptuosa podem ser exploradas num trilho de 1.600 metros da propriedade. Estas características “ímpares” permitem “uma sensação de conforto”, aliviando o stress e ajudando a relaxar. “Se for dar uma volta na nossa mata, ao final de algum tempo, vai ver que se sente com uma tranquilidade grande. Ajuda pessoas com depressão. É quase uma cura e, portanto, tudo isto faz com que exista uma procura muito grande”, conta. 

Aliado ao amor pela natureza, a Quinta da Bouça d’Arques promove o ecoturismo através do respeito pelo património natural e cultural. Um tanque que recebe a água de três minas localizadas na mata, e que é aproveitada para a rega; quando há mosquitos e melgas faz-se a pulverização com vinagre e água; os autoclismos das casas de banho têm redutor; as lâmpadas são LED e o aquecimento é alimentado com lenha da mata. Tudo o que é vendido e oferecido ali, são produtos locais e regionais. “Ajudamos as pessoas daqui, ou de perto, a vender os seus produtos”, confidencia, salientando que, quando fazem a renovação dos quartos, “devido à exigência do mercado”, doam à igreja de Alvarães que, por sua vez, entrega ao lar. 

João Couto frisa ainda uma “enorme” preocupação com o tipo de árvores e aves da sua mata. Uma costa verde com um microclima. “Através de estudos que fiz, descobri que as escolhas das quintas tinham a ver com duas coisas: exposição a sul, ou estar a meia encosta, que é o nosso caso, e isto faz com que encontremos árvores que são da América do Sul e Ásia porque se dão bem aqui. E, isso também nos levou a ter um oásis”, especifica, explicando que têm feito o corte de eucaliptos e pinheiros bravos. “Estamos a colocar árvores que nos dão proteção a fogos. São árvores que existiam no Norte de Portugal há muitos anos e que são fantásticas, porque nos atraem as aves”, acrescenta. 

A Quinta da Bouça d’Arques pertencia à família da sua esposa. Em 1994, recuperaram as casas e, em 1997, abriram as portas. Hoje, dispõem da casa principal e de mais seis casas. Cinco T1 e um T2. “Dentro da casa principal, no andar de baixo, temos mais duas casas que alugamos. Ou seja, temos um total de oito casas, com nove quartos. Quando alugamos a propriedade toda, temos um total de doze quartos para receber 24 pessoas (9+12)”, especifica. 

Com 63 anos, João tem agora tempo disponível para si, para a sua família e para o seu negócio. A viver entre Vila de Punhe e Porto, gere a propriedade com duas pessoas no quadro, e empresas locais e regionais, que prestam os seus serviços. “Há quatro coisas que nos diferenciam: a arquitetura do Minho com traços contemporâneos, que é “uma marca”; a decoração das casas, que tem sido “um sucesso”, a equipa e o serviço; e o seu “forte”, a natureza. “Para além do trilho e da piscina, temos kitchenette (pequena cozinha) em todas as casas, e estamos perto do Rio Neiva e da praia. Somos parceiros de escolas de surf e de kitesurf, e com a Descubra Minho, de São João d’ Arga, onde se pode desenvolver várias atividades”, indica, referindo que a época alta é entre junho e setembro, a época média em abril, maio e outubro, e a época baixa entre novembro e março.

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