A ligação do Itinerário Complementar 28 (IC28) à fronteira de Madalena, em Ourense (Galiza), continua sem prazo definido nem financiamento garantido. A Infraestruturas de Portugal (IP) apresentou, em reunião com os presidentes das Câmaras Municipais de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca, um caderno de encargos da obra com estimativas de investimento entre 30 e 40 milhões de euros. O documento, elaborado em 2021, será agora revisto com o objetivo de reduzir os custos.
A informação foi avançada pelo presidente em exercício da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, que contou que a nova versão do levantamento será enviada às autarquias nos próximos 15 dias. Depois disso, será marcada nova reunião para discutir a elaboração do projeto.
Em causa está a ligação entre o IC28 e a fronteira de Madalena, numa extensão total de cerca de 60 quilómetros, dos quais cerca de 30 em território português. A estrada atual, construída nos anos 80, é considerada perigosa e tem uma circulação diária superior a quatro mil veículos.
A proposta da IP prevê que o projeto seja elaborado em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho ou, diretamente, com os municípios de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca. O projeto poderá ser concretizado por fases. No entanto, não há ainda qualquer fonte de financiamento assegurada, nem previsão para o início das obras.
Em agosto de 2022, um manifesto subscrito por autarcas portugueses e galegos foi enviado aos Governos de Portugal e de Espanha, exigindo a concretização da ligação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência ou através de fundos de cooperação transfronteiriça.
Na mesma reunião com a IP, os autarcas abordaram outros projetos rodoviários na região do Alto Minho, como a beneficiação da estrada entre Vila Verde (Braga) e Ponte da Barca, a Estrada Nacional entre Lindoso (Ponte da Barca) e Soajo (Arcos de Valdevez), e a ligação entre as freguesias de Souto e de Refoios (Arcos de Valdevez).
c/Lusa
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