A capital do Alto Minho foi invadida por dezenas de peregrinos, provenientes da Polónia, Inglaterra, Lituânia, Ucrânia, Bielorrússia, Nigéria e Brasil para viver o dia da cidade, integrado nos Dias das Dioceses (DND).
A manhã ficou marcada pela subida, pelo escadório ou funicular, até ao alto de Santa Luzia, onde se encontra o Santuário do Sagrado Coração de Jesus que “é um dos santuários mais deslumbrantes do Norte de Portugal”.
A fila para subir no elevador era “enorme” e a espera “demorada” e, por isso, muitos grupos optaram pelo escadório e apreciaram a vista. “A paisagem aqui em cima é linda, assim como o Santuário”, considerou Koenelia Garska, uma escuteira polaca.
A jovem contou que o seu grupo fez uma viagem de três dias para chegar a Portugal. “Foi uma experiência interessante e estou muito contente por ter vindo para cá”, afirmou, contando que a subida pelo escadório foi “um pouco dura”, mas “valeu a pena”. “A família é muito acolhedora. Têm um filho pequenino que é muito querido connosco e, por isso, estamos a gostar da experiência”, acrescentou.
Koenelia Garska faz parte do grupo de polácos que estão a ser acolhidos na paróquia de Alvarães. Vânia Santos é uma das guias. “Está a ser uma boa experiência. Eles interagem muito connosco”, garantiu, contando que é também família de acolhimento. “Estamos a acolher duas jovens que nos trouxeram presentes”, disse.
Enquanto os grupos visitavam o santuário e apreciavam a vista, chegou um grupo de jesuítas com cerca de 40 peregrinos das Filipinas, França e Indonésia. “A peregrinação entre Ponte da Barca e Viana do Castelo está a ser uma experiência muito consoladora. Apesar das diferenças, apercebemo-nos que há aqui algo mais forte que nos une desde o desejo de partilhar a fé aos estarmos juntos com o Papa”, salientou Vicente Gois, Jesuíta de formação e membro do Magis (encontro mundial da Companhia de Jesus ligado à Jornada Mundial da Juventude).
O jovem acredita que a JMJ será “um momento de grande alegria”. “Será uma verdadeira festa da fé, mas que isso também possa tocar os corações de cada um. Que não seja um evento de massas com fogo de artifício e alegria exterior, mas que cause frutos verdadeiros e duradouros interiormente”, reiterou.
Depois de 50 minutos à espera do funicular, chegaram Viktoriia Raditsa e Oleksander Raditsa, um casal ucraniano, que vive na Polónia, e que decidiram participar na JMJ com os seus três filhos. “Pertencemos a uma associação juvenil da cidade e viemos com eles”, contou, salientando que a JMJ será “uma nova oportunidade espiritual”.
Os peregrinos tiveram ainda a oportunidade de visitar a Sé Catedral e o Museu do Traje. Já pela tarde foi promovido um Sarau Cultural no Jardim da Marina, organizado pelo Grupo Desportivo e Cultural dos Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (GDCTENVC, e uma arruada com a participação do Grupo de Bombos S. Sebastião de Darque, Rancho Etnográfico da Areosa, Escola de Música de N. Sra de Fátima, Olímpicos e Banda de Cá.
No final do dia, realizou-se a eucaristia na igreja de S. Domingos e, à noite, poderam participar no Festival de Jazz, na Praça da Erva.
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