A Biblioteca Municipal de Viana do Castelo acolheu o lançamento do livro "Uma língua de todos e para todos" que, de acordo com o autor, Pe. Torres Lima, "não se trata de mais um projeto de Língua Mundial (LM), mas um estudo sobre o método para a criar, implementar e manter, com muitas ideias originais sobre o assunto e com os elementos linguísticos do último projeto de LM, como exemplo do que são ideias exequíveis e as mais apropriadas para uma LM".
A ideia de que “a partir das muitas línguas nacionais existentes, se devia criar uma língua mais fácil, comum para toda a humanidade, a ensinar em todas as escolas, para se poder ser compreendido em qualquer parte do mundo sem estudar línguas estrangeiras”, já vem de criança. No entanto, e depois de amadurecer, decidiu “partilhar com a humanidade”, num livro, o que descobriu sobre o assunto, e que poderá, no futuro, vir a ser posto em prática. “Procurei um estilo simples, em conversa com o leitor, sem termos técnicos ou académicos, acessível até aos leitores com apenas o conhecimento básico da gramática”, esclareceu, contando que começou a escrever “há sete anos”. “Uma grande parte do livro são e-mails que troquei com Fusile, o autor do último projeto a nível mundial”, revelou, frisando que o resultado é “fruto de muita reflexão e comparação com outros projetos. “Penso que será difícil alguém fazer uma língua mais fácil”, considerou.
O livro, intitulado “Uma língua de todos e para todos” e com os subtítulos “Estudo sobre uma língua planeada para as relações internacionais” e “Proposta de método para construir, implementar e coordenar a evolução de uma língua comum universal”, ajuda ainda “a compreender melhor o Português e a aprender mais facilmente línguas estrangeiras”. “É uma espécie de bíblia de toda a tentativa de pôr uma língua mundial para todo o mundo, que não tem sido bem acolhida por grande parte dos linguistas. Eles defendem as línguas ‘naturais’, e eu defendo uma língua planeada com elementos naturais”, explicou, sublinhando: “Não é contranatura falarmos uma língua que seja uma súmula de todas as línguas já existentes.”
Para o Pe. Torres Lima, “não é democrático pôr o Inglês como língua universal”, defendendo “uma língua que tenha todas elas”. “Será uma língua mais democrática e, consequentemente, bem aceite pelos governos”, argumenta, considerando que “as Nações Unidas têm de tomar uma decisão e apoiar”.
No evento de lançamento estiveram presentes o linguista Benjamim Moreira, o vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Manuel Vitorino, e o Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. João Lavrador.
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