Palavra, memória, identidade… Coração que palpita!

Hoje, o dia amanheceu enevoado, mas levanto o olhar e vejo como por entre a névoa se eleva o coração da cidade.

E, deste modo, começa o coração e a vida a palpitar ao som das gaivotas e de alguns melros que desce cedo andam a cantarolar, contentes e aproveitando a deixa para os dorminhocos despertarem.

E, não poucas vezes, é mesmo preciso que o coração desperte ao som do que à volta cintila. Quem dera pudesse sempre despertar ao cheiro da Palavra que marca o ritmo de cada novo dia.

Quem dera que essa Palavra me tornasse vida e em refeição se transformasse e o sabor pudesse inebriar os que à mesa se sentam!

Quem dera!

Noutros tempos era costume à montanha subir, partilhar a vida, comida e amizades. Hoje parece que faz falta fazer memória desses tempos, não para repetir, mas para ousar dar sentido e significado à própria vida e com gratidão agradecer a todos quantos fazem parte da história e identidade.

Será que nos esquecemos de onde vimos?

Quem sabe é preciso a bússola para indicar a direção?

Ontem como hoje, está alerta um Coração que vela, Aquele trespassado por todos e cad um de nós.

Um coração a palpitar qual abraço que a todos quer envolver, porque nada mais pode que amar!

Um coração que é memória e memorial evoca, que nos faz ser mais e viver com maior autenticidade. Um coração que na subida inspira e no topo anima, alenta e consola! Um coração que identidade dá e palavra se torna.

É desafio que sussurra, por entre a brisa suave e o cheiro a maresia, conto contigo, tu podes caminhar.

É desafio, direção e meta para quem quer viver como peregrino de Esperança num mundo que aparentemente pretende que a desistência aconteça.

Que o Sagrado Coração de Jesus seja para todos, os que acreditam e os que nem o imaginam, Caminho de bênção.

Que desde o coração seja possível viver e com o auxílio do Sagrado Coração se possa deixar um mundo melhor!

Então, quem sabe se Palavra, memória e identidade podem evocar um coração que palpita!