Quando pensamos nos Jogos Olímpicos, imaginamos atletas incríveis a saltar, a correr, a nadar e a exibir as suas habilidades físicas à procura de glória e medalhas. Mas, e se a Igreja tivesse os seus próprios Jogos Olímpicos? Afinal, se existem modalidades para quem lança martelo e arremessa dardos, por que não poderíamos ter competições para quem faz melhor o sinal da cruz ou a genuflexão mais perfeita? Permitam-me sonhar com uma competição onde as nossas práticas religiosas seriam elevadas ao patamar do desporto. Aqui estão algumas modalidades em que qualquer bom cristão poderia competir e, quem sabe, até ganhar uma medalha de ouro!
Se há um verdadeiro teste de resistência na vida de um católico, este é a maratona da missa dominical. Tal como uma maratona de 42 km, a missa dominical exige força, paciência e uma boa preparação física, especialmente se o sermão do padre for daqueles que começam com o Gênesis e terminam no Apocalipse [risos]. Imagine só: atletas vindos de todas as paróquias, prontos para aguentar uma missa completa sem “passar pelas brasas”, sem olhar para o relógio e, o mais difícil, sem mexer no telemóvel! O grande vencedor seria aquele que, após duas horas de missa, ainda tivesse vontade de rezar um terço completo extra no final. Medalha de ouro para o fiel mais devoto e focado!
Em qualquer igreja, a genuflexão é praticamente um desporto de alta competição. Trata-se de um movimento que exige equilíbrio, coordenação e um certo grau de flexibilidade, especialmente para os mais idosos. Os atletas alinham-se no corredor central, prontos para o movimento. O critério de avaliação? Profundidade do agachamento, elegância do movimento, e, claro, a capacidade de fazer isso sem se equilibrar no banco do lado – uma verdadeira proeza de força e fé. A medalha de ouro vai para aquele que conseguir fazer a genuflexão mais profunda sem ranger os joelhos e a sorrir!
Quem nunca se surpreendeu ao ser aspergido com água benta no meio da missa, especialmente quando o padre tem uma mira digna de um arqueiro olímpico? Nos Jogos Olímpicos da Igreja, o tiro ao alvo com a água benta seria uma competição de precisão e técnica. Os atletas, munidos com o aspersor (aquele “bastão” que parece inofensivo mas esconde um poder sagrado!), teriam que aspergir a água benta em alvos específicos colocados estrategicamente pela igreja. A avaliação incluiria a distância, a quantidade de água usada (nada de exageros!) e a capacidade de acertar o alvo com graça e serenidade. O ouro vai para o padre ou ministro que conseguir atingir todos os alvos sem molhar as vestes litúrgicas – um verdadeiro milagre de precisão e piedade!
Imagine-se numa procissão, rodeado por dezenas de fiéis, todos a segurar as velas acesas enquanto caminham lentamente pelas ruas da paróquia. Agora, imagine transformar isso numa emocionante corrida de resistência e equilíbrio. Nos Jogos Olímpicos da Igreja, a corrida de velas na procissão seria uma modalidade onde os atletas devem completar o percurso sem deixar a vela apagar e sem derramar cera em si mesmos ou nos outros! Para aumentar a dificuldade, o percurso incluiria subidas, descidas e talvez até uma brisa suave, testando a habilidade em proteger a chama. O ouro vai para quem consegue atravessar a linha de chegada com a vela ainda acesa, sem queimar a mão e com uma expressão de serenidade que só um verdadeiro atleta da fé consegue manter!
Brincadeiras à parte, os Jogos Olímpicos da Igreja, se existissem, seriam uma forma divertida de nos lembrarmos que a fé é algo vivo, que envolve o corpo, a mente e a alma. Assim como os atletas treinam para alcançar os seus objetivos, nós, católicos, devemos praticar as nossas virtudes e rituais com dedicação e alegria. Afinal, o maior prémio que podemos receber não é uma medalha de ouro, mas a paz e a graça de viver uma vida em comunhão com Deus. E quem sabe, com um pouco de humor e leveza, possamos nos aproximar ainda mais do pódio celestial!
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