A discussão do Orçamento do Estado para 2026 no Parlamento trouxe decisões com impacto direto no Alto Minho, com propostas aprovadas, outras chumbadas e várias reivindicações ainda por cumprir.
Entre as iniciativas aprovadas estão a requalificação do Porto de Mar de Vila Praia de Âncora, em Caminha, e as dragagens em Castelo de Neiva, em Viana do Castelo. Ambos os projetos são reivindicações antigas de comunidades locais e pescadores e foram aprovados com votos contra de PSD e CDS.
Por outro lado, algumas propostas não avançaram. O estudo para a ligação ferroviária ao Porto de Mar de Viana do Castelo foi chumbado, com votos contra de PSD e CDS e abstenção do PS, partido do presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, que em 2023 tinha defendido a ligação.
Também não avançou a internalização do serviço de imagiologia da ULSAM, com votos contra de PSD e CDS e abstenções de PS, Iniciativa Liberal e Chega.
Outras melhorias em transportes locais, como o restabelecimento da ligação fluvial entre Caminha e A Guarda (Galiza) e a modernização do IC28 entre Ponte da Barca e Lindoso, foram igualmente rejeitadas ou ficaram em suspenso.
Em comunicado, o Bloco de Esquerda de Viana do Castelo considerou que as propostas aprovadas representam “vitórias para todo o Alto Minho”, especialmente a requalificação do Porto de Mar de Vila Praia de Âncora, resultado de décadas de reivindicações de pescadores e comunidades locais, apesar da oposição de PSD e CDS.
O PCP apresentou propostas adicionais, incluindo a criação de um serviço de radioterapia na ULSAM e o prolongamento da A28 até Melgaço, passando por Valença e Monção, criticando o orçamento do governo como “insuficiente” para as necessidades da região em saúde, transportes e serviços públicos.
O Chega, representado pelo deputado Eduardo Teixeira, destacou prioridades na segurança pública, reclamando a requalificação das esquadras da PSP de Viana do Castelo e de Ponte, novas instalações da GNR em Lanheses e Valença, e reforço urgente de efetivos.
Na educação, alertou para a insuficiência de apoio especializado a alunos com necessidades educativas especiais no ensino secundário. Também pediu garantias de que não haverá retrocesso na isenção de portagens da A28, após notícias sobre a possível venda da concessão a uma empresa estrangeira.
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