“Alto Minho solidário, Oriente destroçado”. É este o mote da nova exposição que o Instituto Católico de Viana do Castelo está a promover até dia 31 de dezembro.
Quem entra na mostra é recebido pela Maria e o Manel com um bebé ao colo. No resto do espaço, vê-se presépios e outras obras de Rego Meira, Pinto Meira e Salgado Almeida e dos Centros da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), da Associação de Paralisia Cerebral (APC) de Viana do Castelo e da Congregação Nossa Senhora da Caridade. “Todos, generosa e alegremente, acolheram e abraçaram este desafio. Fizeram-nos sentir parte da casa e, cada um, através da sua arte e, com as portas escancaradas, deixaram-nos entrar e mostrar um caminho de proximidade”, agradeceu Paulo Ferreira, membro da direção do ICVC.
O propósito é, “com a força da imagem, partilhar a história que transformou o mundo e cada um”. “Queremos recordar este menino, que braços abertos, oferece uma beleza simples deste presépio o salvador. Este simples e admirável sinal é de fato uma grande obra de evangelização”, sublinhou, considerando o presépio como “um itinerário catequético de encontro com Deus e com os outros”. “Na construção e contemplação do presépio, estamos a participar dessa beleza do mundo que se manifesta e que toca a nossa história”, acrescentou, apelando para um olhar “inocente e demorado”. “Ao olharmos o espaço, descobrimos obras-primas de beleza”, ilustrou.
A exposição conta ainda com uns placares informativos e históricos que, de acordo com Paulo Ferreira, “transportam os visitantes para outro caminho”.
Na inauguração, estiveram ainda presentes o Bispo diocesano. D. João Lavrador, e o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Manuel Vitorino. “Vocês têm uma sensibilidade muito própria que, muitas vezes, estas exposições são muito mais apreciadas por vós do que por nós”, começou por referir D. João Lavrador, dirigindo-se aos utentes da APPACDM e da APC. “A vossa identificação ao menino Jesus é singular e única e, portanto, ides abrilhantar e dar sentido a esta exposição”, disse, elogiando “o sentido de partilha”. “Esta exposição enquadra-se no essencial: o nascimento de Jesus, o nascimento de uma esperança para a própria humanidade e da expressão de uma cultura. Aqui, vejo diferentes interpolações daquilo que é o presépio e o Natal, que vai para além do religioso. Uma sede de humanidade que emana do próprio presépio”, concluiu Manuel Vitorino.
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