Mau tempo deixa Viana do Castelo debaixo de água

Viana do Castelo era, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), um dos distritos que estava sob aviso laranja devido ao vento, chuva, e agitação marítima.

O Notícias de Viana contactou fonte da Proteção Civil que, apesar de não conseguir adiantar muita informação pormenorizada, assumiu que “as ocorrências são muitas” e há, inclusive, “situações pendentes”. “As ocorrências centram-se, sobretudo, no Município de Viana do Castelo com bastantes vias interditas”, confirmou, assegurando que as autoridades estão “em cima do acontecimento”. “Há ocorrências em curso e outras a aguardar meios”, confidenciou, sublinhando que “as coisas estão a resolver-se” e “não há ninguém em risco”. “Não temos conhecimento de vítimas. Há registo de acidentes, eventualmente, provocados pelo mau tempo”, acrescentou.

Apesar de todo o congestionamento, a mesma fonte acredita que “com a diminuição da precipitação, as expectativas são que, naturalmente, a água escoe sem grande intervenção”. “À partida a precipitação irá diminuir e as coisas voltarão à naturalidade. No entanto, há situações que podem implicar intervenções, mas é normal”, concluiu.

O mau tempo provocou ainda inundações em estabelecimentos, dos quais as Escolas de Santa Maria Maior e Frei Bartolomeu dos Mártires, obrigando ao encerramento dos mesmos por precaução.

Linha ferroviária do Minho cortada

Também a CP – Comboios de Portugal revelou que a linha ferroviária do Minho foi cortada entre Darque, concelho de Viana do Castelo, e Valença, devido ao mau tempo. “Devido a condições climatéricas adversas, a circulação ferroviária está temporariamente suspensa entre Darque e Valença”, indica a CP na rede social Facebook, lamentando “os incómodos causados” e agradecendo “a compreensão dos passageiros”. “Estamos a acompanhar a situação em articulação com a gestora da infraestrutura e atualizaremos a informação assim que a circulação for restabelecida”, lê-se.

Atividade programada no Hospital de Santa Luzia condicionada

Em comunicado, a Unidade Local do Alto Minho (ULSAM) adiantou que o edifício hospitalar foi afetado “com infiltrações de água em alguns serviços” e “danos ao nível da cobertura”, condicionando a atividade programada. “Os principais condicionamentos registam-se ao nível da cirurgia de ambulatório, que implicou a mudança dos procedimentos urgentes para o bloco operatório central”, afirma, especificando que “as infiltrações de água atingiram os serviços de neonatologia e de formação, com danos ligeiros”. No entanto, assegura que “não perturbam o funcionamento”. “Os laboratórios de imunohemoterapia e patologia clínica têm alguns condicionamentos à atividade programada”, revela, garantindo que “todos os procedimentos urgentes/não programados estão a realizar-se sem constrangimentos”.

A ULSAM refere ainda que “o serviço de imagiologia, que registou alguns condicionamentos, já se encontra a funcionar na plenitude”. “Foram verificados danos nos contentores do serviço de urgência geral de adultos, com infiltrações numa estrutura com mais de dez anos. Ainda assim, a atividade dos serviços de urgência está a funcionar com normalidade”, acrescenta, sublinhando que “as equipas da ULSAM estão a trabalhar para repor as condições normais de funcionamento nos serviços mais afetados pelos estragos”. “À exceção dos condicionamentos mencionados, toda a atividade assistencial decorre com normalidade”, conclui.

(notícia atualizada às 11h05)

Fotografia: Operação Stop Viana do Castelo, JCP