Na sua intervenção, D. João Lavrador saudou os rapazes e as raparigas, convidando-os a renovar. “Estamos a celebrar o novo ano em tantas situações. “Novo” aponta para “renovar”. Já não vai ser igual aos anos anteriores. Contamos com a nossa experiência, mas vamos renovar. Como?”, desafiou, continuando: “Quando reconhecemos que ainda falta algo na sociedade e nas nossas comunidades. Quando ainda falta algo àqueles que nos rodeiam, sobretudo, aos nossos colegas. Quando ainda falta algo à nossa sociedade e comunidade para que sejam, cada vez mais, de acordo com os nossos sonhos.”
O prelado apelou ainda ao “empenho” e à “participação” na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai realizar-se em 2023, em Lisboa, e incentivou à celebração do centenário do CNE de acordo com “os valores, os princípios e os objetivos, desde a sua criação” e que “continuam com uma atualidade única”. “Caros jovens e dirigentes, quero manifestar o desejo de que este ano seja um ano repleto de atividades ricas e de concretização de projetos. Que seja um ano que vos preencha a alma e responda a todos os vossos anseios, o que só será possível se todos, e cada um, se empenhar”, salientou, enaltecendo o papel do escutismo na “projeção do futuro”.
“É um prazer enorme ter-vos cá todos”
O chefe de Agrupamento dos Escuteiros de Vila Nova de Muía, Abílio Silva, mostrou-se emocionado por receber “todos os Agrupamentos da região” em Ponte da Barca, no dia em que deu início às festividades do 50º aniversário. “Obrigado a todos”, disse, dirigindo uma palavra “especial” ao Pe. Miranda, que foi um dos fundadores do Agrupamento. “O Pe. Miranda fez isto que vivemos há 50 anos”, frisou, terminado: “É um prazer enorme ter-vos cá para podermos partilhar esta festa dos 50 anos. É algo que nos enche o coração e não vamos esquecer nos próximos 50 anos. Espero que tenham gostado e espero ver-vos cá mais vezes”.
“Este é um ano de tudo ou nada”
O chefe regional, Henrique Amorim, explicou que o Ano Escutista 2022/2023 tem como “tema integrador: “Escutismo, um projeto de futuro”. “’Saber’ é a palavra circunstancial de todas as atividades que projetam para um sentido: S. Nuno de Santa Maria, o nosso exemplo. Hoje e no futuro, queremos e devemos encarar o escutismo dos nossos antecessores, ser fiéis à nossa fé e história com 100 anos”, disse, dando nota que na atividade participaram os 16 Agrupamentos do distrito, trazendo a Ponte da Barca “mais de 1.600”. “Este é um ano de tudo ou nada, sobretudo, para os dirigentes que têm de desdobrar e duplicar a disponibilidade e o compromisso. Queremos que todos vós, nos vossos Agrupamentos e comunidades, sejais empreendedores e dinamizadores de grandes e boas atividades escutistas, cultivando amizades, assumindo o vosso papel na comunidade, exercendo a vossa cidadania participativa e generosa, e evangelizando pelo testemunho e partilha, mas respeitando sempre a convicção de todos”, referiu, apelando à participação de todos na JMJ e no centenário do CNE.
“Viana do Castelo é a região que mais cresce a nível nacional”
O chefe nacional adjunto, Paulo Pinto, deixou umas palavras aos escuteiros, de um modo “especial”, “a todos homens e mulheres que permitiram chegar aos 100 anos de CNE. “O meu segundo agradecimento é para todos os escuteiros e dirigentes. Viana do Castelo é a região que mais cresce a nível nacional em número de escuteiros [palmas]. Isto deve-se à capacidade de adaptação, de resiliência e de superação durante a pandemia”, congratulou, aplaudindo os dirigentes que “souberam agarrar a oportunidade, tornando-a uma garantia de futuro”.
O dirigente desafiou ainda os escuteiros a colocar os seus dons ao serviço dos outros através das suas atividades. “Sejam capazes de ser escuteiros diferentes e de construir um futuro para que a sociedade seja mais justa e capaz”, reiterou, acrescentando: “E, celebrem muito. Celebrem para que as vossas comunidades, famílias, o Agrupamento e a sociedade sintam que fazem 100 anos e percebam que não estamos velhos, mas jovens. É através deles que há escutismo.”
“Obrigado pelo vosso empenho e dedicação”
O presidente da União de Freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães, José António Silva, confidenciou que Ponte da Barca estava com falta daquele “calor humano”. “É uma gratidão enorme ter-vos cá, acima de tudo, pelo 50º aniversário do Agrupamento dos Escuteiros de Vila Nova de Muía”, afirmou, dirigindo uma palavra aos dirigentes. “Sei que é um trabalho voluntário e reconheço as vossas dificuldades, mas nunca se esqueçam da vossa missão: contribuir na educação destes jovens. Obrigado pelo vosso empenho e dedicação”, salientou.
“Foi uma alegria enorme ver esta praça repleta de juventude”
Já o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, mostrou-se “honrado” por partilhar a festa com os escuteiros da Região de Viana do Castelo. “Para nós, foi uma alegria enorme ver esta praça repleta de juventude”, garantiu, descrevendo aquela imagem como a Primavera. “É a estação do ano em que se dá o desenvolvimento da flor, e vocês representam a alegria, a comunidade, o crescimento e os valores”, salientou.
O autarca dirigiu ainda uma palavra aos dirigentes e agradeceu o seu contributo na formação de “homens e mulheres do amanhã, que irão fortalecer a sociedade”, tornando-a “ativa” e “entusiasmada”. “É com grande alegria que nos associamos aos 50 anos do Agrupamento de Escuteiros de Vila Nova de Muía, e ver os seus dirigentes a transmitir um conjunto de valores à nossa juventude que fortalecem a nossa comunidade”, acrescentou.
No final, o chefe de Agrupamento de Escuteiros de Meadela passou o testemunho ao chefe de Agrupamento de Escuteiros de Vila Nova de Muía, que ficará com ele até ao final do ano.