A capital sul-coreana será palco da 17.ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) entre os dias 3 e 8 de agosto de 2027. Na apresentação do programa oficial, que decorreu na na Universidade Católica da Coreia, a Arquidiocese de Seul promete um evento “de importância histórica”.
“Esta não é simplesmente a apresentação de um programa de eventos: é uma declaração de fé e esperança”, afirmou o arcebispo de Seul, D. Peter Chung Soon-taek, que preside ao Comité Organizador Local da JMJ.
Citado pelo Vatican News e pela Agência Fides, o prelado sublinhou que o encontro será “um compromisso solene dirigido aos jovens do mundo” e “um convite a refletir sobre o caminho comum da humanidade guiada por Deus”.
Sob o tema “Tende coragem, Eu venci o mundo”, a cidade de Seul quer assumir-se como “mais do que uma cidade-sede”, segundo o coordenador-geral do evento, tornando-se “uma cidade de esperança, solidariedade e missão”.
O bispo auxiliar de Seul, D. Paul Kyung-sang Lee, destacou o caráter inédito da iniciativa. “É a primeira JMJ realizada numa nação dividida, num país maioritariamente não cristão, e apenas a segunda na Ásia”, afirmou, assegurando que o Comité Organizador, em cooperação com o Governo sul-coreano, “não poupará esforços para garantir o sucesso e a segurança deste evento histórico”.
Entre os principais momentos previstos estão a Missa de abertura, presidida por D. Peter Chung, com a presença de cardeais e bispos de mais de 160 países, a cerimónia de boas-vindas ao Papa, o Festival dos Jovens, a Via Sacra, as catequeses e a vigília com a Missa de encerramento.
O Festival dos Jovens será “uma vibrante celebração de fé e criatividade”, explicou o coordenador-geral, enquanto a Via Sacra convidará os participantes a “meditar sobre o sofrimento da humanidade e redescobrir a esperança”.
A espiritualidade da JMJ Seul 2027 vai assentar em três palavras: amor, verdade e paz. A dimensão ecológica também terá destaque, com a organização a assumir o compromisso de neutralizar a pegada de carbono do evento. “Já foram plantadas mais de 700 árvores e continuaremos até 2027”, garantiu D. Paul Kyung-sang Lee.
Outro aspeto inovador é a participação gratuita. “Queremos que todos os jovens, incluindo não católicos, possam participar”, explicou o padre Joseph Young-je Lee, secretário executivo do Comité Organizador. O acolhimento dos peregrinos será assegurado pelas 233 paróquias da Arquidiocese de Seul.
Antes da semana central, entre 29 de julho e 2 de agosto, os participantes poderão viver as ‘Jornadas nas Dioceses’, espalhadas pelas 15 dioceses coreanas, numa experiência de partilha com as comunidades locais. “Esta Jornada Mundial da Juventude transcende as fronteiras da Igreja Católica”, sublinhou D. Paul Kyung-sang Lee, acrescentando: “É uma oportunidade para a Coreia transmitir ao mundo uma mensagem de paz, harmonia e solidariedade.”
Fotografia: Archdiocese of Seoul
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