GNR registou 17 furtos a igrejas e capelas no Alto Minho

Nos últimos meses, mais concretamente em setembro e novembro, algumas das igrejas e capelas dos Arciprestados de Monção, Valença e Caminha foram assaltadas. A GNR, que até ao momento registou 17 furtos em igrejas e capelas no Alto Minho, e a Polícia Judiciária, estão a investigar as ocorrências. 

Notícias de Viana
24 Nov. 2023 3 mins
GNR registou 17 furtos a igrejas e capelas no Alto Minho

O primeiro assalto ocorreu na madrugada do dia 10 para o dia 11 de setembro, na igreja paroquial de Bela. É o quarto, em 13 anos. 

De acordo com uma fonte da Paróquia, os assaltantes tentaram entrar por várias portas, acabando por entrar pela porta lateral. “Destruíram o lampadário e levaram cerca de dez euros”, contou, acrescentando que “estragaram a porta do sacrário e roubaram as alfaias litúrgicas, cálices, batinas e um microfone”. “Estava tudo fora do sítio”, afirmou. 

Segundo a mesma fonte, os assaltantes ainda se deslocaram à capela mortuária, levando papel higiénico e produtos de limpeza. “Danificaram a porta de entrada, mais concretamente, partiram o vidro”, especificou.

Após o assalto, o Pároco, Pe. João Santos, tomou medidas e colocou alarme na igreja e na capela. “Foi chamado o Núcleo de Investigação Criminal da GNR, que fez as suas diligências. Neste momento, o caso está com a GNR de Monção e ainda não há grandes pistas”, esclareceu. 

No mesmo dia, uma das Paróquias do Arciprestado de Valença também foi assaltada. 

Já mais recentemente, a igreja da Misericórdia e a capela de São João, no Arciprestado de Caminha, foram assaltadas no início do mês de novembro, durante o dia. “Roubaram os lampadários”, contou o Pe. Rui Rodrigues, referindo que não fazem ideia da quantia que estava lá dentro. “A igreja da Misericórdia foi assaltada nos dias 1 e 10 de novembro. Não sabemos se foram as mesmas pessoas”, referiu o Provedor, Carlos Fernandes, contando que os assaltantes entraram pela porta principal. 

Para além do roubo das esmolas que estavam num dos lampadários, os assaltantes rebentaram um dos cofres de Nossa Senhora de Fátima. “Não temos ideia do montante mas não deveria ser muito, porque tínhamos feito uma recolha durante a manhã”, afirmou. 

A GNR foi chamada ao local, tanto para quarta como para sexta-feira. “Ainda não há pistas, mas um dos nossos zeladores viu um dos suspeitos que, quando confrontado, disse que estava a rezar, e fugiu”, revelou Carlos Fernandes.

No caso da capela de São João, a GNR não foi chamada ao local.

Também na freguesia de Seixas houve uma tentativa de assalto a uma transeunte em pleno dia, desconhecendo-se se há alguma relação entre os dois casos. 

No dia 14 de novembro, o sino grande da capela da Senhora das Dores, situada no lugar de Agrichouso, em Afife, foi furtado. O caso foi entregue à Polícia Judiciária. 

O Notícias de Viana pediu um esclarecimento à GNR e, em comunicado, o Comandante da Unidade, Coronel António Maciel da Silva, adiantou que, em 2023, no distrito de Viana do Castelo, foram registados 17 furtos em igrejas e capelas, designadamente nos concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo, Monção e Paredes de Coura. “Constata-se que os bens furtados são, na sua maioria, esmolas, não tendo sido possível apurar o real valor. No entanto, em quatro ocorrências, verificou-se o furto de arte sacra e, noutra, o furto de sinos e material de som”, acrescenta, esclarecendo que “estão em desenvolvimento diversas ações de investigação no âmbito dos inquéritos instaurados, no sentido de identificar os autores dos furtos”. “Dada a tipologia do material furtado, as investigações estão a ser desenvolvidas pela Guarda Nacional Republicana e pela Polícia Judiciária”, referiu.

Em Destaque

Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.

Opinião

Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.

Explore outras categorias