Fernando Pimenta conquista diploma olímpico em Paris

Fernando Pimenta, ficou em sexto lugar na final de K1 1.000 metros nos Jogos Olímpicos, em Paris. Apesar de ser das suas épocas

Micaela Barbosa
10 Ago. 2024 2 mins

Todos os olhos estavam em Fernando Pimenta. Depois do desempenho nas provas de admissão para a final, a esperança era a de que podia lutar por uma medalha.

Nos primeiros 750 metros da final, esteve sempre à frente. No entanto, os últimos 100 metros foram “difíceis”. “Tentei cumprir com a estratégia que tínhamos alinhavado, mantendo-me na frente da prova. No entanto, houve um momento em que deixei de sentir o controlo dos movimentos do corpo. Senti muito cansaço. O corpo estava bloqueado”, disse à RTP, acrescentando que as ondas do checo Josef Dostal também “não ajudou”. “Dei o meu melhor. Queria mais. Como disse numa outra ocasião, não faço promessas. Estou de cabeça quente, mas daqui a 15 dias vou estar no mundial de distâncias não olímpicas e quero voltar a honrar os portugueses. Agora, quero estar com a família para descansa e, depois, focar-me no que ainda ha para fazer porque a epoca não acabou”, referiu.

No final da prova, a imagem de Fernando Pimenta sentado na doca a chorar não deixou ninguém indiferente. E, mesmo nas declarações aos jornalistas, não escondeu a sua tristeza por ter falhado a possibilidade de se tornar o primeiro português a conquistar três medalhas olímpicas. “Antes de sair para a final, mandei mensagem à minha mulher a dizer ‘antes morto do que não tentar. Se estou vivo é porque tentei’. Dei o meu melhor. Mais do que eu, mais ninguém queria um excelente resultado. E, isto não tira mérito a tudo aquilo que tenho vindo a conquistar”, salientou, agradecendo “o apoio e o carinho” dos portugueses.

No pódio ficou o checo Josef Dostal (3.24,07), seguido doa dois húngaros, Adam Varga (3.24,76) e Balint Kopasz (3.25,68) o bronze.

O atleta limiano garantiu ainda que vai continuar a trabalhar, confidenciando que comentou com os amigos que, independentemente do lugar que iria conquistar em Paris, quer lutar para estar em Los Angeles. “Fisicamente, sinto que sou capaz. Mentalmente, vou precisar de fazer um refresh para regressar melhor”, admitiu, reforçando que o resultado não é o que queriam, mas está de “consciência tranquila”.

Fotografia: Comitê Olímpico de Portugal

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