A Diocese de Viana do Castelo marcou presença no primeiro Encontro Sinodal nacional, que teve como objetivo "refletir sobre o documento final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade e a sua aplicação prática nas comunidades". O evento decorreu em Fátima e reuniu 300 participantes de várias dioceses.
Na palavra de abertura, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) pediu que a sinodalidade seja “implementada em toda a Igreja”. “O que se quer é mudar mesmo a Igreja (…) mudar o modo como estamos a fazer hoje as coisas, mudar o ritmo de chegar a conclusões, a indicações, sobretudo que nos conheçamos, estimemos e criemos no coração de todos esse movimento de Igreja, sem o qual o Sínodo fica só para a história”, referiu, salientando que “é importante que a Igreja aprenda a discutir os temas de um outro modo, que envolva toda a Igreja, na sua diversidade”.
Na apresentação do documento, a equipa sinodal da CEP lançou um apelo à construção de uma nova cultura de inclusão e avaliação nas comunidades católicas.
A “missão no ambiente digital” e a “cultura de prevenção de abusos” foram outros temas abordados.
Os participantes foram desafiados a “fortalecer os organismos de participação, tornando os conselhos e as assembleias espaços de diálogo, transparência e corresponsabilidade”.
Carmo Rodeia, uma das responsáveis pela apresentação e membro da equipa sinodal da CEP, destacou a importância de construir relações respeitosas “entre homens e mulheres, de diferentes gerações, e grupos de diversas identidades, dentro e fora da Igreja”.
A apresentação sublinhou ainda a importância de promover momentos de “formação e educação para a sinodalidade”.
A renovação litúrgica e catequética, o compromisso com a juventude e as famílias, a justiça social e cuidado ambiental ou a inserção social e política dos católicos foram outras propostas deixadas à assembleia.
Já o Pe. Eduardo Duque, também ele responsável pela apresentação do documento, sublinhou que o processo lançado em 2021 tem mostrado “uma Igreja em renovação”, falando da “conversão das relações” e da sinodalidade como “estilo de vida”. “Os processos de decisão não podem estar centrados numa pessoa”, sustentou o sacerdote, pedindo uma dinâmica “mais colegial”, para construir uma Igreja “corresponsável”.
Com Agência ECCLESIA
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