“A Mãe de todas as igrejas diocesanas do Alto Minho”, a Sé Catedral, acolheu a solenidade da sua dedicação, no aniversário da fundação canónica da Diocese. A Eucaristia que decorreu no dia 3 de novembro, inserida no contexto da Semana da Diocese, foi presidida pelo Administrador Diocesano, Monsenhor Sebastião Ferreira, que recordou “os queridos pastores” D. Júlio Tavares Rebimbas, D. Armindo Lopes Coelho, D. José Augusto Martins Fernandes Pedreira e D. Anacleto Cordeiro de Oliveira.
Iniciada com a celebração eucarística da Solenidade de Todos os Santos, presidindo o Administrador Diocesano às celebrações nas comunidades paroquiais de Seixas, Lanhelas e Vilar de Mouros (Arciprestado de Caminha), a Semana da Diocese entrelaçou-se com a Semana de Oração pelos Seminários, o que levou Mons. Sebastião Pires Ferreira a iniciar a celebração na Sé Catedral assinalando esse mesmo facto, realçando a urgência do apelo vocacional.
Já na homilia, Monsenhor Sebastião começou por enaltecer a centralidade da Sé Catedral, ao longo de 43 anos de existência, como “Mãe de todas as igrejas diocesanas”, que “abre todas as suas portas para que, nela, se possa reunir, em Assembleia Santa, a Igreja de pedras vivas espirituais e humanas”. “Isto é, todos os cristãos deste Alto Minho, de Viana do Castelo a Monção e Melgaço, de Valença a Paredes de Coura e Ponte de Lima, de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca a Caminha e Vila Nova de Cerveira, e todos os Arciprestados e as suas gentes têm, aqui, lugar nesta sua Igreja Mãe”, afirmou.
O Administrador Diocesano saudou a Diocese de Viana do Castelo, evocando-a e definindo-a “como uma porção do Povo de Deus que está confiada a um Bispo (sucessor dos Apóstolos), para por ele ser apascentada com a cooperação do seu presbitério, de tal modo que, aderindo ao seu Pastor e por ele congregada no Espírito Santo, mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua esta Igreja particular, onde verdadeiramente se encontra e atua a Igreja de Jesus Cristo una, santa, católica e apostólica (Código de Direito Canónico, Cân. 369)”. “Queremos agradecer à Santíssima Trindade, e fazemo-lo através da Eucaristia que estamos a celebrar, com a oferta ou voto pessoal de cada um de nós (clérigos e leigos); voto específico traduzido em pedras vivas, em pessoas humanas, a assentar sobre o alicerce de Cristo Jesus, para que esta Igreja, que está em Viana do Castelo, pela intercessão de Santa Maria Maior, nossa Padroeira, não perigue, mas se fortaleça e, empenhando se na vivência em comunhão, continue a crescer em número e qualidade, e a frutificar em cristandade, sob a ação do Espírito Santo”, disse, recordando os acontecimentos históricos do passado e aqueles “que estiveram envolvidos, visceralmente, num denso, moroso e volumoso processo, até à data em que os cristãos de Viana do Castelo foram, finalmente, atendidos no que, cristã e religiosamente, pretendiam: ser Diocese”. “Prestamos homenagem, também, ainda que envolvida em sufrágio e gratidão, aos nossos queridos pastores: D. Júlio Tavares Rebimbas, D. Armindo Lopes Coelho, D. José Augusto Martins Fernandes Pedreira e D. Anacleto Cordeiro de Oliveira. Honra e glória a eles pela boa e fecunda sementeira evangélica, eclesial, cultural e social que fizeram, em todos os recantos da Diocese. Bem hajam estes nossos bons pastores”, salientou, acrescentando: “Celebrar a dedicação da nossa Catedral é, antes de mais, mergulhar na Sagrada Escritura e apreender o cerimonial usado pelo Rei Salomão na dedicação do primeiro Templo de Jerusalém (1Rs 8,1-66).”
Para terminar, Monsenhor Sebastião pediu a Deus “que habite” na Igreja Diocesana e “que, purificados e em oração fervorosa, mesmo em tempo de pandemia, reinventemos processos que, através das vias sociais modernas, permitam que os Secretariados, Movimentos e Obras de Apostolado Diocesanos, não deixem de estimular a Vida Pastoral da Diocese, até que seja enviado um novo Pastor”.
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