#1 A Paixão de Jesus “na sua rudeza natural” A Diocese de Viana do Castelo iniciou a celebração da Semana Santa com a celebração de Domingo de Ramos, na Sé Catedral, presidida por Mons. Sebastião Pires Ferreira, Administrador Diocesano. Na admonição inicial, Mons. Sebastião referiu que, com a memória da entrada triunfal de Jesus em […]
#1 A Paixão de Jesus “na sua rudeza natural”
A Diocese de Viana do Castelo iniciou a celebração da Semana Santa com a celebração de Domingo de Ramos, na Sé Catedral, presidida por Mons. Sebastião Pires Ferreira, Administrador Diocesano.
Na admonição inicial, Mons. Sebastião referiu que, com a memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, é recordada a aclamação terrena a Jesus, simbolizada pela expressão “hossana”, que, com a Páscoa tomará, em modo de aclamação celeste, a forma de “aleluia”.
Assim sendo, na homilia apelou a que o relato da Paixão segundo S. Marcos, “menos estilizado e mais próximo dos factos no seu acontecer quotidiano”, narrado os eventos “na sua rudeza natural”, fosse lido de modo sapiencial, considerando que “os Evangelhos não são a vida ou a história e, muito menos, uma biografia de Jesus, mas um eco da pregação da Igreja apostólica sobre Jesus de Nazaré”. “Nos Evangelhos ressoa a voz da Igreja primitiva a anunciar a sua fé em Jesus Cristo”, referiu.
Nesta linha, “à luz do ‘servo sofredor’ e do ‘Verbo humilhado’”, convidou os fiéis a lerem as “reações de Jesus em todo o seu percurso doloroso”, aproveitando “a oportunidade” para nos inserirmos “na Sua via sacra”.
#2 D. Nuno Almeida apelou à “identidade diaconal e não patronal ou clerical”
A Sé de Viana do Castelo acolheu, na manhã de Quinta-feira Santa, a Missa Crismal presidida por D. Nuno Almeida, Bispo-Auxiliar de Braga, a convite de Mons. Sebastião Pires Ferreira, Administrador Diocesano.
Na homilia, partindo das palavras do profeta Isaías, e retomadas por Jesus na ida à Sinagoga, apelou a que o presbitério possa “afirmar, em uníssono, a sua identidade diaconal e não patronal ou clerical”. “Esta é a única maneira de podermos dizer quem verdadeiramente somos e qual a missão que devemos realizar”, frisou. Com efeito, convidou os sacerdotes a olhar para os óleos do crisma, dos enfermos e dos catecúmenos como “um autêntico manancial ou programa de vida”. “Igual ao de Cristo. Outros Cristos, ungidos no coração, para levar o anúncio do Evangelho a todos os irmãos”, acrescentou.
Neste sentido, pediu ao presbitério que fosse capaz de promover uma “mística da fraternidade”, “de olhos e ouvidos bem abertos, de mãos disponíveis e de sandálias sempre calçadas, comprometida na atenção constante ao sofrimento alheio”, “uma doação total a Cristo e aos irmãos”, vivida, igualmente, através da oração, como “centro vital”, que torna sensíveis aos erros e a tudo o que há de belo e de bom a cada dia, os que dela se aproximam.
Por fim, recordando D. Anacleto Oliveira e a sua última carta pastoral, desafiou os sacerdotes a uma atenção especial aos jovens, a quem não “basta ouvir testemunhos, mas sobretudo sentir realidades”, motivando-os a “tudo fazer para que os jovens cruzem o olhar de Cristo; tudo fazer para que os jovens escutem a Voz e o Chamamento de Jesus Cristo; tudo fazer para juntos seguirmos Jesus”.
#3 Mons. Sebastião destaca o “sentido novo” da Eucaristia
Mons. Sebastião Pires Ferreira, Administrador Diocesano de Viana do Castelo, destacou na Celebração Vespertina da Ceia do Senhor, o “sentido novo” conferido por Cristo à “refeição ritual dos judeus”, por via da “instituição do Sacramento da Eucaristia e do Sacramento do Sacerdócio ordenado” dentro da “mística do Mandamento Novo”.
Neste sentido, salientou o modo pelo qual “Jesus pôs fim a todas as ‘figuras’ que, simbolicamente remetiam para” a nova realidade na qual Ele se apresenta “como o verdadeiro Cordeiro Pascal”, como Nova Aliança que não fica “limitado a um ponto geográfico ou a um momento histórico”. “Pela participação no Sacrifício Eucarístico, fonte e centro de toda a vida da Igreja cristã, os discípulos de Jesus oferecem a Deus a Vítima divina e, juntamente com Ela, oferecem-se a si mesmos”, afirmou.
Por fim, realçou que no “hoje” da Igreja se atualiza e faz memória a mesma Última Ceia de Jesus, em que somos convidados a agir de modo a que “todos reconheçam que somos Seus discípulos”.
#4 Mons. Sebastião recorda Vítimas da Pandemia na Celebração da Paixão
“A Igreja Católica evoca hoje a morte de Jesus e, este ano, com uma intenção especial pelos doentes, pelos defuntos e por todos aqueles que sofreram alguma perda por causa da pandemia Covid-19”, começou Mons. Sebastião Pires Ferreira, na homilia da celebração da Paixão do Senhor, que decorreu ao início da tarde, na Sé Catedral de Viana do Castelo.
Nesta linha, afirmando que o relato da Paixão “introduz no Mistério do sofrimento, morte e sepultura de Jesus”, apresentou este momento de charneira como “causa de salvação universal”, “em favor da humanidade, assumida e realizada por Jesus com plena, total e soberana liberdade”. “Descontextualizada, parece, e é, uma tragédia, mas inserida no Mistério Pascal, ela é a Sua glorificação. Neste sentido, a Sua Cruz já não é objeto de ignomínia, mas trono de glória eterna”, destacou.
Com efeito, apelando a que a assembleia se sentisse reconhecida na e pela Cruz de Jesus, lembrou “as cruzes diárias” de cada um, incentivando à coragem e dinamismo da solidariedade e da “entrega gratuita aos outros”. “Cristo ensina-nos, com o Seu exemplo, a darmos, graciosamente, a nossa vida àqueles que dela precisam; generosidade, altamente testemunhada, por tanta gente, crente ou não crente, com nome ou sem nome, durante este vigente martirizado tempo de pandemia Covid-19”, finalizou.
#5 Monsenhor Sebastião apelou a “novos rumos civilizacionais” iluminados pela Ressurreição
“Das trevas em que vivemos (…) rompeu a Luz e a Luz devolveu-nos a Vida”, iniciou Mons. Sebastião Pires Ferreira a homilia da Vigília Pascal, a que presidiu na Sé Catedral, com que se inaugurou o Tempo Pascal. Nesta linha, afirmou que, através da Páscoa de Jesus, “todo o homem e todo o universo vivem em Páscoa, em ‘passagem’, em permanente conversão para chegar à Casa do Pai”. “A cruz já não é suplício, é glória; já não é paragem, é passagem; já não é fim, é condição; já não é morte, é Ressurreição e Vida. A cruz, agora, é o sinal “mais” da vida que se entranhou em cada um de nós e nos acompanha nos caminhos da vida”, referiu.
Com efeito, assegurou que com a Ressurreição “tudo é diferente, tudo é novo” e que, com ela, “ficam para trás os cativeiros e desertos” vários da vida humana. Neste sentido, pediu que à luz da Ressurreição surjam “gerações novas, empenhadas em propor e abrir novos rumos civilizacionais que beneficiarão todos os povos, sobretudo aqueles, para quem a história tem sido um ‘vale de lágrimas’”, de modo a que apareça “uma plêiade de líderes com inteligência e coração (…), líderes com um ‘coração inteligente’ para regência das nações e seus governos”.
No final, Mons. Sebastião convidou a assembleia a sentir que, “na noite dos nossos esquecimentos, na frialdade das nossas recusas e resistências à fé”, se ergue “a voz do Anjo da Ressurreição, a despertar os mortos para a vida.”
A Vigília Pascal contou ainda com a conclusão da caminhada de iniciação cristã de três catecúmenos – Carolina, Cláudio e Sara.
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