Consultas e cirurgias aumentaram no Alto Minho

A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) registou melhorias nos indicadores de cuidados de saúde, nomeadamente, no aumento de consultas e cirurgias. A informação foi avançada pelo Conselho de Administração, que justificou “os ganhos” à organização e aos profissionais para “elevar o Alto Minho”.

Micaela Barbosa
1 Out. 2024 3 mins
Médicos da ULSAM já aderiram à dedicação plena

No comunicado, a instituição revela que, nos Cuidados de Saúde Primários, a taxa de utentes com médico de família atinge a marca dos 97,2%, ultrapassando a média nacional que se fica pelos 84%.

Estes “ganhos substanciais”, traduzem-se também pelo aumento em 3% das consultas presenciais, da mesma forma que também cresceram os domicílios médicos em 5,1%.

Já ao nível do Hospitalar, há a registar o aumento em 4% nas primeiras consultas, bem como o aumento de 5% de intervenções cirúrgicas, traduzindo-se assim em mais 490 doentes operados.

“A título de exemplo das boas práticas do Hospital Santa Luzia, desde que a atual administração tomou posse, todos os doentes oncológicos têm recebido tratamento dentro dos prazos estabelecidos, da mesma forma que os serviços de Obstetrícia e Ginecologia melhoraram e com um aumento de 2% dos partos na região do Alto Minho”, acrescenta o comunicado.

Para o presidente do Conselho de Administração, João Oliveira, “estes ganhos devem-se à organização que foi implementada e à vontade dos profissionais em mostrarem a capacidade de resolução e a vontade em elevar o Alto Minho”. “Houve a necessidade de renovar as equipas e algumas direções”, defendeu, acrescentando que “é um processo que começou em fevereiro e continuará a ser desenvolvido”. “O processo de reorganização das equipas, bem como o seu reforço e que está em desenvolvimento, trará significativas melhorias nos procedimentos com claro ganho para os doentes e a região onde estamos inseridos”, salientou.

96% doentes satisfeitos com telemonitorização 

O projeto de Telemonitorização na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) da ULSAM permitiu, nos últimos 10 anos, reduzir em 65,3% os episódios de urgência, 66,4% nos internamentos e menos 633 dias de internamento.

De acordo com o comunicado, entre 1 de outubro de 2014 e 1 de outubro de 2024, foram incluídos 199 doentes, estando atualmente no ativo 105. “A telemonitorização contribuiu para uma redução de 65,3% nos episódios de urgência, 66,4% nos internamentos e menos 633 dias de internamento. O grau de satisfação dos doentes é de 96%”, revela a instituição, considerando que, “apesar dos resultados positivos, o programa ainda tem potencial para crescer”, uma vez que se estima que, “através do Programa Respirar Bem, Viver Melhor, haja cerca de 400 doentes que podem beneficiar da telemonitorização de DPOC”.

O projeto, da responsabilidade do médico Rui Nêveda, começou em 2014 na ULSAM com o “objetivo central a prevenção de episódios de urgência e hospitalizações através da deteção precoce de sintomas de agudização”.

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