Comunhão…Coração e Vida!
Hoje, quero partilhar o que neste mês é convite. A comunhão com todos, e quando se diz todos, são mesmo todos, também os que já vivem para além do nosso tempo e espaço, de todos os que nos deixaram e atravessaram as portas da morte.
E, como não agradecer a tantas pessoas que me e nos ajudaram a ser quem hoje somos e deixar que o coração nos ensine a comunhão. Quando o coração fala mais alto, a vida transforma-se e olha para além de si mesma, desvive-se e não sabe mais do que amar o outro e os outros, os que continuam a caminhar connosco, no aqui e agora, e aqueles que com gratidão recordamos.
Que bom seria se em cada novo amanhecer, tivéssemos um olhar atravessado pelo Coração e Vida de Quem Se deu até ás últimas consequências. Que bom seria se pudéssemos aprender a lição do Amor, com maiúsculas. Que bom seria se através dos Evangelhos conseguimos deixar-nos encontrar por Jesus e aprender a viver e em cada manhã perguntar-Lhe: como viverias este dia? Como farias nesta situação?
E, pouco a pouco, a vida de cada um se pudesse tornar um pouco mais parecida à d’Ele!
É verdade, tenho de reconhecer que estas linhas chegam a muitos que nem sequer ouviram falar de Jesus. E, perguntar-se-ão a que Jesus me estou a referir…
Pois, ainda bem que reconheço a tempo que o público é tão diverso.
Neste sentido, e para que fique claro, refiro-me a Jesus de Nazaré… Aquele que viveu, morreu e ressuscitou apenas por amor. Ele que nos amou, amou-nos até ao fim para que tivéssemos vida e vida em abundância. (Cfr Jo 10,10. Jo13,1-3)
Comunhão…Coração e Vida!
Se calhar, ao longo deste tempo, posso viver um desafio: ler a Carta Encíclica Dilexit Nos do Santo Padre Francisco Sobre o Amor Humano e Divino do Coração de Jesus[1].
“O amor aos irmãos não se fabrica, não é fruto do nosso esforço natural, mas exige uma transformação do nosso coração egoísta. Nasce então espontaneamente a célebre súplica: “Jesus, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso”. Por isso mesmo, o convite de São Paulo não era: “Esforçai-vos por fazer boas obras”. O seu convite era mais precisamente: «Tende entre vós os mesmos sentimentos, que estão em Cristo Jesus» (Fl 2, 5)”.[2]
Na verdade, quando os sentimentos de Cristo invadem a vida, o único que brota é a dádiva da vida, arregaçar as mangas e ajudar a construir o mundo, a comunidade e ser pedra viva!
Afinal a Comunhão nasce do Coração e Vida!
[1] https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/20241024-enciclica-dilexit-nos.html
[2] Carta Encíclica do Santo Padre Francisco, Dilexit Nos, nº168
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