Áreas com maior taxa de propriedade de habitação própria e menor rotatividade tendem a demonstrar preferência por partidos de centro-direita, como a AD, sobretudo em zonas rurais e periurbanas, onde a estabilidade habitacional é maior (ex: Arcos de Valdevez, Ponte de Lima, Ponte da Barca). A valorização da estabilidade social e patrimonial pode explicar os altos resultados da AD, que obteve 48,91% em Arcos de Valdevez.
Já o Chega cresceu em zonas com problemas de acesso à habitação acessível, especialmente em periferias urbanas e freguesias onde há maior pressão sobre o mercado imobiliário (ex: Viana do Castelo, Valença, Cerveira). A precariedade habitacional e a perceção de abandono do Estado podem estar a alimentar o voto de protesto.
A relação entre escolaridade e voto revela-se clara:
A AD, com discurso de competência e estabilidade, capitaliza tanto no eleitorado com escolaridade média como entre quadros técnicos e pequenos empresários.
A pobreza, enquanto variável estrutural, mostra que:
Torne-se assinante e tenha o poder da informação do seu lado.
Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.
Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.