Centro Espacial Chinês quer criar laboratório de engenharia aeroespacial no Alto Minho

O concelho de Valença está a estreitar parcerias para acolher um laboratório internacional dedicado à engenharia aeroespacial e ao desenvolvimento de tecnologias ligadas às energias oceânicas. A ideia foi apresentada nos Paços do Concelho, e tem como ponto de partida uma parceria entre o Centro Espacial Chinês e várias instituições portuguesas de ensino superior e engenharia.

Micaela Barbosa
25 Jun. 2025 2 mins

O projeto, que está ainda numa fase preliminar, junta à mesa a Universidade do Minho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Ordem dos Engenheiros da Região Norte, a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e o consórcio Aeroplanum, com ligações aos sectores da aviação e da inovação tecnológica. Do lado chinês, o projeto é liderado pela MicroSat, uma entidade ligada ao sector espacial.

“O nosso objetivo é desenvolver soluções tecnológicas que possam servir tanto o sector espacial como a exploração sustentável dos oceanos”, afirmou Yonghe Zhang, vice-presidente da MicroSat, durante a apresentação do projeto, salientando: “Queremos trabalhar com instituições portuguesas para construir uma base sólida de investigação aplicada, com impacte internacional.”

Em comunicado, a autarquia refere que o novo laboratório pretende, também, ser “o embrião de novas empresas altamente qualificadas nestas áreas, com forte impacte nas dimensões tecnológica e de investigação aplicada no campo aeroespacial”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, o projeto representa “uma oportunidade para atrair conhecimento, tecnologia e investimento” para o concelho. “O aeródromo pode tornar-se um ativo estratégico para a região transfronteiriça”, defendeu.

Após a sessão nos Paços do Concelho, os participantes visitaram o Aeródromo de Cerval, apontado como possível localização para o futuro centro. Segundo a autarquia, a comitiva teve “a oportunidade de ver, in loco, o potencial deste espaço para o possível acolhimento deste tipo de centros de excelência”.

O futuro laboratório insere-se na iniciativa STARLAB, desenvolvida em conjunto pela Universidade do Minho e pela UTAD, que pretende “reforçar os laços de cooperação entre Portugal e China nas áreas científica e tecnológica”.

Para já, os promotores estão focados em estreitar parcerias, e ainda não há calendário definido nem financiamento formal anunciado.

Tags Economia

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