Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez volta a ter dois helicópteros. Distrito regista mais de 1.300 fogos por ano

“O helicóptero que ficou inoperacional ontem, após embater numa ramada de videiras em São Jorge e Ermelo, foi substituído por outro que estava deslocado para Portalegre. Assim, voltamos a contar com dois meios aéreos a tempo inteiro em Arcos de Valdevez”, explicou o autarca.

Em junho, a decisão de transferir um dos helicópteros para o distrito de Portalegre para suprir a falta de meios aéreos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025, gerou apreensão local.

Na ocasião, Olegário Gonçalves mostrou-se preocupado com a deslocalização, ainda que tenha reconhecido a importância da solidariedade regional perante a escassez de recursos.

Já o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, apelou ao Governo para reverter a decisão de deslocalizar o segundo meio aéreo do Alto Minho para Portalegre, “para garantir a maior e melhor resposta no combate aos incêndios”. “O distrito de Viana do Castelo regista, em média, mais de 1.300 incêndios rurais por ano, com um índice de simultaneidade elevado. Em 2024, foi o segundo distrito com maior número de ocorrências, com 265 incêndios, e também o que registou maior área ardida”, alertou.

O autarca lembrou, ainda, que 52% do concelho de Ponte da Barca integra o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG). “É fundamental garantir todos os meios possíveis no território, para salvaguarda das populações e do imenso património natural existente”, reforçou.

Com uma área total de 222 mil hectares, o distrito de Viana do Castelo tem 208 freguesias, 99 das quais (8,9% do total do país) consideradas prioritárias na prevenção de fogos florestais, e onde estão identificados 1.185 lugares prioritários.

c/Lusa