São 18 as orientações publicadas pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para as celebrações de culto católico. Face à pandemia da covid-19, a partir do dia 30 de maio, é obrigatório higienizar os espaços e as pessoas, distanciamento entre participantes e inexistência de contacto físico nos vários sacramentos.
No documento publicado estão contempladas orientações para “antes da Missa”, “durante a Missa” e “depois da Missa”, assim como para celebrações dos vários sacramentos, as exéquias, atividades formativas e procissões.
A higienização dos espaços, das pessoas e dos objetos de culto, a reserva de quatro metros quadrados para cada participante, o “obrigatório uso de máscara” para todos e a adaptação de rituais litúrgicos para evitar o contacto físico vão marcar as celebrações no contexto da pandemia covid-19.
A CEP recomenda às pessoas que pertencem a grupos de risco a “não frequentar a Missa dominical”, pede que não sejam separadas “as famílias ou os que vivem na mesma casa” na gestão do número de participantes nos templos, que vai seguir “as regras aplicáveis, pelas autoridades competentes, a todos os eventos em
espaços fechados”.
Equipas de acolhimento, percursos diferenciados para a entrada e a saída, portas abertas, higienizar as mãos à entrada, “uso generoso da possibilidade de celebrar atos de culto ao ar livre” e possibilidade de “celebrações na ausência de presbítero” são orientações e possibilidades para evitar o contágio nos ambientes de culto.
Entre as orientações para o decorrer das celebrações, com o número de acólitos e cantores “adequado ao espaço”, indica-se que a recolha da coleta é feita à saída da igreja e o manuseamento de utensílios litúrgicos deve ser feito com uso de “máscaras e luvas descartáveis” e pelo menor número de pessoas, nomeadamente o celebrante e o diácono.
Na comunhão, é necessário “respeitar o distanciamento aconselhado”, a “higienização das mãos” e, “sendo inevitável uma maior proximidade, os ministros que a distribuem usarão máscara”.
A CEP pede ainda aos participantes nas Eucaristias que “deixem a igreja, segundo uma ordem fixada em cada comunidade cristã no respeito pelas regras de distanciamento, e não se aglomerem diante da igreja” e, após a missa,
“proceda-se ao arejamento da igreja durante pelo menos 30 minutos, e os pontos de contacto (vasos sagrados, livros litúrgicos, objetos, bancos, puxadores e maçanetas das portas, instalações sanitárias) devem ser cuidadosamente
desinfetados”.
O documento refere depois orientações para “todas as celebrações e atividades pastorais” realizadas em “ambiente de epidemia”, afirmando que “estão condicionadas ao escrupuloso cumprimento das normas de higiene, distanciamento e outras formas de proteção (uso de máscara e de luvas) que as autoridades de
saúde prescreverem”.
Celebrar os sacramentos sem o contacto físico, exceto por parte dos pais, é a principal indicação dada pela CEP, nomeadamente no batismo, onde água batismal deve ser “fresca e limpa” e não pode “ser reutilizada”, assim como a utilização de “um pouco de algodão” para a unção no sacramento da confirmação.
A respeito da Primeira Comunhão, caso os pais o desejam e de acordo com o pároco, deve ser feita “particularmente ou em pequeno número numa Missa dominical, sem excluir uma posterior participação numa celebração mais solene”.
O documento da Conferência Episcopal Portuguesa reafirma as indicações para os funerais “com a presença dos familiares, tendo em conta as normas de segurança”, refere que as visitas às igrejas devem ser “individuais de oração” e, no caso das visitas turísticas, “devem ser condicionadas, segundo as orientações das autoridades competentes”, que também determinam a realização de “atividades pastorais nos espaços eclesiais”.
A CEP mantem suspensas “até novas orientações” as “peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares em grandes grupos, passíveis de forte propagação da epidemia”.
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