Andreia Amorim, catequista na Paróquia de Arcos de Valdevez S. Paio foi uma das últimas convidadas da iniciativa “Conversas”, promovida pela agência noticiosa Ecclesia, com o objetivo de dar a conhecer testemunhos de cristãos de todo o país.
Padecendo de uma doença que lhe impede grandes esforços, Andreia referiu à Agência Ecclesia que procura vivê-la com serenidade, agradecida pela ajuda da família e motivada por uma “grande força interior”. “Tenho a certeza de que, nos momentos maus, Ele [Jesus] está lá para me ajudar”, referiu, quando questionada sobre a relação entre a fé cristã e a sua circunstância de saúde.
Na verdade, segundo contou, foi mesmo essa condição que a levou a ter mais responsabilidades na Paróquia, designadamente no âmbito da catequese. A ajudar, neste momento, na preparação da Jornada Mundial da Juventude e a fazer catequese com o grupo que receberá a Primeira Comunhão, em que se inclui o seu próprio filho, Andreia Amorim confessa que a catequese é uma experiencia de aprendizagem mútua e que, ao longo dos anos, tem aprendido muito. “Catequese é aprender com eles. Nós aprendemos todos os dias, seja com os mais novos, seja com os mais jovens, seja com os velhos. Os jovens têm imenso para nos dar e eu tenho aprendido imenso com eles. Já com as crianças se aprende, mas com os jovens a realidade é outra”, referiu.
Nesta linha, assume que, segundo a sua experiência, “o catequista deve ouvir as crianças”. “Nós, muitas vezes, achamos que “estamos aqui para debitar umas orações” e acabou, mas acho que temos de começar a mudar mentalidades e começar a pensar “quem é a criança que está à nossa frente”, sabendo que cada um é um ser único, e que nós temos de o tratar como tal”, testemunhou, salientando ainda a necessidade de “mostrar à criança que é bem-vinda”. “Temos de acolher a criança, como ela é”, destacou.
Com efeito, reforçou ainda a importância de, diante de “famílias menos coesas”, serem feitos esforços para deixar cada pai ou mãe à vontade, respeitando e zelando por todos sem juízos, reforçando ainda a beleza das relações criadas e sustentadas pela catequese, e prevenindo para posturas autoritárias que impedem a colaboração generosa dos pais. “Estamos cá para nos ajudar uns aos outros”, terminou.
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