O Teatro Valadares, em Caminha, foi palco da tomada de posse dos novos órgãos autárquicos, com Liliana Silva como presidente, após vencer as eleições por apenas 30 votos de diferença. No seu discurso, apelou ao diálogo entre todos os eleitos e prometeu uma gestão baseada em respeito, transparência e trabalho em equipa.
A coligação OCP – O Concelho em Primeiro (PPD/PSD-CDS/PP-PPM), liderada por Liliana Silva, conquistou 43,34% dos votos (4.579), contra 43,05% (4.549 votos) do PS, liderado por Rui Lages. A diferença mínima refletiu-se na distribuição de mandatos: 44 para a coligação e 3 para o PS.
A cerimónia contou com a presença de autoridades locais, regionais e representantes de associações, coletividades e forças de segurança. José Luís Lima foi eleito presidente da mesa da Assembleia Municipal, acompanhado por Nuno Brás Pereira e Maria Isabel Dias.
No seu discurso, Liliana Silva sublinhou que a sua ambição “não era ser presidente pelo valor do cargo em si”, mas “fazer mais” pelo concelho, “concretizar projetos” e “trabalhar por todos”, com “visão, abertura e firmeza nas decisões”. “O voto popular é para ser respeitado com ações e com consensos. Não serei uma força de bloqueio. Estou cá para ser parte de uma equipa disponível para arranjar soluções para os problemas e não para acabar com nada, nem para perseguir ninguém”, afirmou, destacando a importância de superar “guerras partidárias”. “Não peço lealdade a ninguém porque a lealdade não se pede. Conquista-se com bom exemplo, atos, obras e ações. Eu peço respeito, profissionalismo, diálogo e que sejamos todos criadores de pontes e não de muros, de soluções e não de problemas”, salientou.
A autarca comprometeu-se a implementar uma Estratégia Municipal de Desenvolvimento Justo e Sustentável, abrangendo áreas como habitação, reabilitação urbana, educação, inclusão social, valorização da comunidade piscatória, mobilidade, cultura, desporto e crescimento económico. “Queremos construir um conselho justo e solidário, com oportunidades de vida sustentável, competitivo e inovador. Queremos organizar os serviços da Câmara, valorizar os funcionários municipais, modernizar os procedimentos, simplificar os processos, aumentar a transparência e aproximar os cidadãos”, afirmou, defendendo “uma estratégia concertada com parceiros sociais, as empresas inovadoras, os trabalhadores, os agentes culturais e os cidadãos em geral”. “É urgente trabalharmos com as nossas freguesias, tratando-as todas por igual, dotando-as de meios para que possam desempenhar plenamente as competências que exige uma gestão de proximidade”, especificou.
Por fim, apelou à união de todos os representantes locais e à dedicação ao serviço público. “Queremos um conselho onde se respire liberdade, onde fervilham boas ideias e projetos”, concluiu.
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