D. João Lavrador consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria em celebração na Sé Catedral. Começando por referir que “o auge da presença de Deus” se interliga com a vida de cada ser humano, não podendo acontecer separada desta condição existencial, D. João assinalou que tal se manifesta como “fruto da […]
D. João Lavrador consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria em celebração na Sé Catedral. Começando por referir que “o auge da presença de Deus” se interliga com a vida de cada ser humano, não podendo acontecer separada desta condição existencial, D. João assinalou que tal se manifesta como “fruto da caminhada de um povo”.
“Temos os nossos sonhos, aspirações, projetos, inseridos numa cultura que nos vai dando sinais e tudo isso nos ajuda a estar sempre em tensão rumo a este mistério. Ele (Jesus) vem à humanidade para a transformar e para transformar em vida”, apontou, apelando a que o mistério da presença de Deus, estivesse sempre presente na consciência dos diocesanos.
No entanto, o Bispo de Viana do Castelo deixou claro que a vivência do mistério da incarnação não pode ser meramente exterior. “Não podemos ficar apenas de fora a contemplar este mistério. Temos que sentir que ele é um modelo para a nossa comunidade cristã. A comunidade cristã incarna e faz incarnar e por isso não podemos viver desligados do mundo”, afirmou.
Na homilia, o prelado pediu, assim, à assembleia, uma maior aderência à realidade.
“Jesus diz-nos continuamente: ‘Não quero coisas exteriores: quero-te aqui. Não longe. Aqui’. E onde é o meu ‘aqui’? Onde estou colocado? Eis-me aqui na família, neste mundo dilacerado. Nós temos uma grande facilidade em esquecer o aqui, em viver só de ideias. E aí Deus diz: localiza-te”, esclareceu.
Retomando, em seguida, o Evangelho da Solenidade da anunciação, D. João explicou que a busca da paz se cruza com o anúncio feito pelo anjo a Maria, por ambas as realidades serem, antes de mais, dons de Deus. “Não é possível através dos teus preconceitos, daquilo que pensas que é a vida correta, mas é possível porque Deus quer tomar a iniciativa”, aclarou.
O Bispo de Viana do Castelo terminou a sua reflexão interpelado os presentes à conversão inteiror como base e começo da paz. “O início da paz é perguntar: Estamos em disposição a uma renovação? Estamos dispostos a dar a nossa vida pela transformação do mundo ou estamos presos a nós próprios?”, concluiu.
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