A Coligação Democrática Unitária (CDU) apresentou os seus candidatos às eleições autárquicas em Viana do Castelo. José Flores, técnico industrial e dirigente sindical do SITE Norte (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente), é o cabeça-de-lista à Câmara Municipal. Cláudia Marinho, atual vereadora, candidata-se à União das Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela, enquanto Maria José Lima é a aposta da CDU para a Assembleia Municipal.
A apresentação decorreu em conferência de imprensa, com José Flores a reforçar o compromisso da CDU com uma alternativa política centrada nas necessidades da população e na crítica ao que considera ser a “propaganda do Executivo PS” e os “valores retrógrados” da direita.
Natural de Reguengos de Monsaraz e residente em Viana do Castelo há 22 anos, o candidato já integrou vários Executivos da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, eleito pela CDU. Esta será a sua primeira candidatura à presidência da Câmara Municipal.
Entre as exigências do concelho, José Flores aponta a mobilidade como uma das áreas mais críticas, acusando os sucessivos Executivos camarários de ignorar as propostas da CDU. “Já teríamos uma verdadeira rede de transportes públicos, com rotas e horários adequados a quem cá vive e trabalha”, afirmou, referindo-se ao atual processo de municipalização dos transportes urbanos, prevista para setembro.
Também na gestão do estacionamento, o candidato defende mudanças. “Não são precisas mais multas nem rendas chorudas aos concessionários”, disse, considerando: “A Câmara pode fazer mais com parques públicos municipais, numa lógica de serviço público e não de negócio.”
Na habitação, o foco está em “justiça e inclusão”, com atenção especial à juventude e à população mais idosa. Segundo o cabeça-de-lista, o concelho registou um aumento de 12,6% nos preços de arrendamento entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, reflexo de um mercado “sem limites ao lucro”.
A cultura é outra das apostas centrais da candidatura. José Flores lamenta a falta de investimento e defende uma política de “democratização do acesso, preservação do património e apoio ao movimento associativo”. “Viana do Castelo é um concelho riquíssimo culturalmente, mas não tem tido a devida atenção”, concluiu.
c/Lusa
Fotografia: PCP – Organização Regional de Viana do Castelo
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