Uma Conferência Episcopal é constituída pelos Bispos de uma nação que, em conjunto, tomam decisões em favor da generalidade dos fiéis e exercem funções distribuídas por Comissões dedicadas a sectores específicos da pastoral.
Assim, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) não é o mesmo que a Igreja em Portugal, nem o conjunto das suas Dioceses, mas sim uma das suas estruturas, que funciona de acordo com as regras do Direito Canónico. Tendo sido constituída nos anos 30 do séc. XX, a Assembleia Plenária da CEP reuniu pela 200ª vez entre 12 e 15 de abril, com alguns membros presentes em Fátima e outros participando por via digital, devido à pandemia. Os trabalhos foram coordenados por D. José Ornelas, Bispo de Setúbal, atual Presidente, tendo como principal convidado o Núncio Apostólico, D. Ivo Scapolo, que, a 2 de janeiro deste ano, esteve entre nós para ordenar o Pe. João Basto, Diretor deste semanário.
Para além de se solidarizar com o povo de Timor, que sofre com as recentes inundações, e com o de Cabo Delgado – Moçambique, vítima de terrorismo e de guerra, a CEP voltou a refletir sobre os efeitos da pandemia em cada Diocese, nomeadamente a grave crise económica a vulnerabilidade de algumas famílias. Entre os desafios pastorais, foram destacados: o anúncio do essencial da mensagem cristã; a importância da dinâmica comunitária e de fraternidade; a missão da família e dos leigos; o trabalho desenvolvido pela Cáritas; a atenção aos jovens e aos idosos; a sustentabilidade das instituições de solidariedade social. “Na força da vitória pascal da vida sobre a morte, convidamos à esperança como justo caminho para enfrentar, como povo, as crises pandémica, social, económica e cultural, em ordem ao restabelecimento da confiança na verdade e na justiça para salvaguardar o sentido do bem comum”, lê-se no comunicado final.
A Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé apresentou o “Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, com as crianças e com os adolescentes”, uma proposta catequética de cariz catecumenal, querigmático e mistagógico, que dá relevo à família, Igreja doméstica, e que pretende inspirar a (re)organização dos materiais de apoio à catequese. O projeto será, agora, desenvolvido para aprovação definitiva.
Além de outras decisões, a Assembleia aprovou o documento “O Diácono Permanente na Igreja em Portugal”, iniciou uma reflexão sobre ministérios laicais numa Igreja ministerial, aprovou uma Nota Pastoral pelos 25 anos da Peregrinação Nacional dos Acólitos a Fátima (1 de maio) e inteirou-se dos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
Fotografia: Conferência Episcopal Portuguesa
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