Aguiar-Branco reeleito presidente da Assembleia da República

Após ter sido reeleito, o presidente da Assembleia da República afirmou que esta será “uma das eleições mais exigentes” da democracia, garantindo que a mesa do Parlamento será “equidistante e respeitadora de todos os eleitos”, pois “só assim” é possível honrar “a vontade popular expressa em eleições livres”. “Enquanto deputado faço o meu juízo, tenho a minha opinião. Enquanto presidente, tenho o dever de garantir que as intervenções são ouvidas, mesmo e especialmente quando não concordo”, destacou, reforçando: “Nunca verão em mim, como deputado, como presidente [da Assembleia da República] ou simplesmente como pessoa, um sinal de hostilidade ou agressividade para com qualquer outro deputado ou senhora deputada, independentemente do seu partido, do que diga ou do que pense. Não apenas por dever constitucional ou regimental do cargo, mas porque continuo a acreditar profundamente que o respeito, a cortesia e a urbanidade são elementos fundamentais para a vida em sociedade.”

O líder do Parlamento sublinhou também a sua convicção de que o consenso “continua a ser possível”, defendendo que “a democracia não se salva, constrói-se” diariamente, com as decisões tomadas e o esforço conjunto “de todos” os eleitos.

Foram ainda eleitos os restantes membros da mesa do Parlamento: os vice-presidentes Teresa Morais (PSD), Marcos Perestrello (PS) e Rodrigo Saraiva Iniciativa Liberal (IL), bem como todos os secretários e vice-secretários indicados por PSD, PS e IL, bem como o Conselho de Administração.

Já os candidatos indicados pelo Chega para vice-presidente do Parlamento, Diogo Pacheco de Amorim, e vice-secretário, Filipe Melo, não foram eleitos, por não terem obtido a maioria absoluta dos votos dos deputados.