O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) do Rio Minho anunciou a criação de uma comissão de trabalho do Pacto Rio Minho, destinada a “unir esforços dos dois lados da fronteira para enfrentar problemas como o assoreamento, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas”.
A comissão será composta por seis municípios: do lado espanhol, Salvaterra, Tui e O Rosal; do lado português, Melgaço, Valença e Caminha. “O Pacto do Rio Minho representa a nossa determinação em colocar o rio no centro das prioridades políticas dos dois Estados. Não é apenas uma declaração de intenções, é um apelo firme à ação, à responsabilidade e à cooperação efetiva”, afirmou José Manuel Vaz Carpinteira, presidente da Câmara de Valença e do AECT.
O agrupamento pretende também “mobilizar ação pública para garantir a segurança na navegação” e “promover um rio ambientalmente equilibrado, capaz de servir as comunidades ribeirinhas”.
Na reunião realizada em Monção, foi ainda aprovado o orçamento para 2026, no valor de 713.550 euros, representando um aumento de 24% face a 2025. O objetivo passa por aprofundar o trabalho com os 26 municípios associados, apoiar projetos estratégicos e dar continuidade ao Pacto do Rio Minho, considerado uma “visão comum para a gestão partilhada deste território”.
O AECT destacou também outros projetos em curso, como a conclusão das Agendas Urbanas Transfronteiriças, o reforço do Observatório do Território e a promoção de iniciativas turísticas conjuntas, nomeadamente através do Visit Rio Minho Plus, que integra a oferta náutica e um congresso internacional em parceria com a Universidade de Vigo, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e o CITUR.
No setor das infraestruturas, o agrupamento mantém o compromisso de avançar com a execução da ponte pedonal As Neves–Monção e com o início do processo de travessia Friestas–Caldelas, reforçando a mobilidade suave e a ligação entre as margens do rio.
c/ Lusa
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