O silêncio, a pausa e a reflexão num mundo acelerado

Tomás Henrique Antunes
19 Dez. 2025 2 mins

Estamos no tempo que corre mais depressa do que nós e os dias sucedem-se sem intervalo. Parar tornou-se um luxo e o silêncio quase um ato de coragem.

No entanto, é no silêncio que nos reencontramos e a pausa não é ausência de ação, mas sim de presença. Quando abrandamos conseguimos escutar melhor, compreender os desafios e perceber o que realmente importa.

No Natal recordamos essa necessidade de abrandar e valorizar o essencial. Não se trata apenas de tradições ou celebrações, mas de criar espaço para a reflexão, para a gratidão e para a memória, valorizando a família.

Num mundo acelerado pela azafama do consumo, a pausa é um gesto humano, de dar tempo ao outro, de modo a ouvir sem pressa e estar verdadeiramente presente. O silêncio não é vazio e nele nascem decisões mais justas para o futuro, palavras mais cuidadas e ações mais conscientes.

Neste momento Natalício saibamos recuperar o valor do silêncio e da pausa, não como fuga, mas como caminho, porque só quem abranda consegue ver com clareza e seguir com sentido. Que esta quadra seja também um momento de serenidade e reflexão, reforçando os laços de proximidade e solidariedade, assim como o novo ano traga mais tempo para o diálogo, para a cooperação e para o bem comum.

Desejo a todos que este Natal seja tempo de silêncio fecundo, de fé renovada e de amor partilhado, e que o novo ano traga caminhos de luz e de esperança. Boas Festas com votos de saúde, paz e esperança.

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