Entre luzes, cores e desenhos

Pe. José Lima
18 Nov. 2025 3 mins
Padre José Lima

Uma profunda transformação da nossa sociedade está patente na importância que no tempo atual é dada à configuração do Natal. Mesmo antes, mas sobretudo a partir de 1 de novembro, o Natal está inscrito no nosso tecido social de forma mais visível e vistosa: as lojas das cidades vestem-se de esplendor em sintonia com os arcos luminosos que as envolvem de todos os lados. A dois meses do dia festivo de Natal, somos instigados a pensar e a saborear este tempo santo que dinamiza toda a sociedade. O Natal não é só um dia festivo, 25 de dezembro, mas é preparado numa época que o imprime em nós e o faz vibrar em quadra de sorrisos e prendas. Nos tempos livres gostamos de passear para ver montras fascinantes e presentes luzidios.

O Natal presta-se a fornecer a todos nós uma época diferente e benfazeja cheia de amizades e ocasiões gostosas para oferecer um tempo belo aos outros e pouco olhar ao que se retira das contas bancárias em benefício de todos. Gostamos de repartir e de ficar no coração de quantos de 24 para 25 de dezembro ou passarão connosco a noite ou confraternizarão com suas famílias. Estamos contentes ao ver os meninos/meninas felizes e sorridentes e as nossas moradias coloridas com presentes, que vamos oferecendo e recebendo.

As luzes das cidades ao anoitecer emprestam aos ambientes aquelas cores e aqueles desenhos que manifestam corações em festa e mentes que esquecem por momentos as agruras da vida em tempo normal. É rico e tonificante este tempo de Natal não só pelo amor e dignidade que nos traz, mas também pela graça alegre, saudável e benfazeja que escancara.

Também é certo que neste período muitos, dos mais abastados aos mais benfeitores, gostam de oferecer bens aos vizinhos que mais necessitam ou enviam donativos para estruturas diversas que apoiam os mais carenciados, sobretudo em países em guerra. Estes gestos abrem o coração de todos à benevolência e à partilha que embelezam sempre a humanidade que formamos. Pelo gesto de uns, todos saímos enriquecidos.

A humanidade é esta grande massa de mulheres e de homens, de jovens e de pequenitos que se engrandece com gestos, mimos e carinhos e que se transcende sempre que se pensa ou se faz algo para com os mais vulneráveis.

O novo ano litúrgico está a chegar (30 de novembro), o tempo do Advento. A humanidade prepara e celebra o nascimento do Menino Jesus em Belém. O Natal do Deus Menino é para todos, ricos ou pobres. Partilhamos com os demais o que cada um vai granjeando com a sua vida honesta, na esteira da família de Nazaré que “não teve lugar na hospedaria” para proceder ao nascimento do bebé. Jesus-menino ainda hoje inspira (mesmo sem nomeação) tantos gestos, dádivas e sorrisos por toda a parte.

Esta época, como sinal dos tempos na atualidade, é desafiante e contagiante; provoca crescimento na humanidade, até porque diminui atritos e conflitos, fazendo rejuvenescer a humanidade.

Feliz e santa quadra natalícia!

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