Os nascimentos voltaram a crescer em Portugal em 2025, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). Até 30 de setembro, foram estudados 65.410 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal, mais 2.173 do que no mesmo período de 2024.
De acordo com os dados divulgados, o mês de julho foi o que registou mais bebés rastreados (8.118), seguido de setembro (7.886) e de janeiro (7.670).
Os distritos com maior número de testes realizados foram Lisboa (19.891) e Porto (11.650), seguidos de Setúbal (5.229), Braga (4.880) e Faro (3.310). Já Bragança (420), Portalegre (440) e Guarda (489) registaram o menor número de exames.
Os dados de 2025 contrastam com o balanço de 2024, ano em que o INSA registou 84.631 bebés rastreados, menos 1.133 do que em 2023 (85.764).
Apesar da descida, o relatório sublinha que a tendência de recuperação da natalidade se manteve estável nos dois últimos anos, depois da quebra provocada pela pandemia.
Em termos regionais, Lisboa e Porto concentraram quase metade dos nascimentos nacionais (48,2%), com 25.865 e 14.923 bebés rastreados, respetivamente.
Os distritos de Setúbal (6.903) e Braga (6.288) seguiram-se entre os mais populosos, enquanto Bragança (494), Portalegre (547) e Guarda (666) registaram menos de mil nascimentos ao longo de 2024. “A taxa de cobertura do programa mantém-se muito próxima dos 100%, refletindo a confiança das famílias e dos profissionais de saúde no rastreio neonatal”, refere o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, publicado em junho de 2025.
O documento destaca, ainda, que, no total, foram identificadas 118 crianças com doenças rastreadas, entre as quais 37 casos de hipotiroidismo congénito e 36 de drepanocitose, com uma média de início de tratamento aos 9,5 dias de vida.
Em Viana do Castelo, o relatório do INSA mostra que o “teste do pezinho” foi realizado a 1.490 recém-nascidos em 2024, o equivalente a 1,76% do total nacional.
O número representa uma ligeira subida face a 2023, acompanhando a tendência positiva registada nos distritos do Norte.
Os meses com mais nascimentos rastreados, no distrito, foram maio (176), julho (171) e setembro (165), enquanto janeiro (118) e fevereiro (119) registaram os valores mais baixos.
A variação mensal manteve-se estável, confirmando um padrão semelhante ao nacional.
O Programa Nacional de Rastreio Neonatal, criado em 1979, já testou mais de 4,3 milhões de bebés e diagnosticou 2.796 casos de doenças graves.
c/Lusa
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