A Sé de Viana do Castelo acolheu a celebração da Paixão do Senhor. D. João Lavrador convidou os fiéis a olhar para vida comunitária e pessoal, sublinhando que “todos são chamados a desarmar a inteligência, a razão, a opinião e a sedução”.
Lembrando “o dever”, enquanto discípulos de Deus, de “analisar, conhecer e escutar e sintonizar” com Jesus Cristo, o Bispo diocesano afirmou que “a cruz que assenta no meio da cultura provoca crise e exige resposta”. “Estamos habituados a dizer que seremos julgados por Deus. Contudo, com os nossos critérios e contravalores, e a forma de ser e estar, afinal, acabamos por, constantemente, julgar Jesus Cristo”, advertiu, sublinhando: “Perante este caminho, somos chamados a desarmamo-nos de tudo o que são as nossas amarradas.”
D. João Lavrador apelou ainda à contemplação, lembrando que “o mistério do homem só se decifra quando tem o próprio mistério de Jesus Cristo”. “Não temos outra resposta senão focarmo-nos em Jesus Cristo. Não há maior discernimento senão fazê-lo através de Jesus Cristo”, salientou, incentivando a uma cultura verdadeiramente humana. “Jesus Cristo revela-se resposta à confusão existencial do homem e mulher de hoje, que se sentem baralhados sobre o que é verdadeiramente o ser humano e que perderam os horizontes do que deve ser o Homem”, alertou, questionando: “Afinal com quem é que me comparo? Qual o lugar desta Paixão? Onde é que me entrego nesta entrega total?”.
Por fim, reforçou que “ninguém fica de fora” neste itinerário. “Sejamos verdadeiros cristãos que reconhecem a vida nova”, referiu.
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